Proveitos totais de quase 653 milhões de euros no alojamento turístico em 2023
O ano de todos os recordes no turismo madeirenses confirma, também, pulverização de mais 23,2% nos proveitos totais, quase 461 milhões nos de aposento (+26,2%)
O ano de 2023 ficará marcado na história do turismo regional como o melhor de sempre, isso se 2024 não arrebatar o título. A verdade é que finalizadas as contas (ainda que preliminares de Dezembro), o alojamento turístico na Madeira e Porto Santo arrecadou 652,7 milhões de euros em proveitos totais, 460,7 milhões dos quais em proveitos de aposento (dormidas). Os dados conhecidos hoje revelam crescimentos de 23,2% e 26,2%, respectivamente face a 2022, que já tinha sido o melhor ano nestes particulares.
De acordo com o INE e a Direção Regional de Estatística da Madeira, no acumulado de janeiro a Dezembro de 2023, o rendimento por quarto disponível (RevPAR) e o rendimento por quarto utilizado (ADR) dispararam 22,1% e 14,3%, respectivamente para 73,04 euros e 96,77 euros, sendo estes quatro os principais indicadores financeiros que permitem perceber quão positivo foi o ano passado para o turismo regional, pelo menos no que à hotelaria e restantes unidades diz respeito. Só não há dados completos, porque ainda continuam por ser conhecidos os dados do alojamento local com menos de 10 camas, que representam o grosso deste subsector do alojamento turístico.
Dormidas em 2023 na Madeira terão ficado perto dos 11 milhões
As dormidas no alojamento turístico da Madeira em 2023 terão ficado no limiar das 11 milhões, ainda que com dados preliminares (estimativa rápida), ainda possam atingir esse valor. Contudo, com as 686,7 mil dormidas em Dezembro, a Direção Regional de Estatística da Madeira calcula um crescimento de quase 13% face a 2022, sendo certo que nesse último mês o aumento face ao mesmo mês do ano anterior tenha ficado pelos 2,9%.
O INE explica, por exemplo, que em Dezembro, "a AM Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,3% dos proveitos totais e 38,2% dos proveitos de aposento, respetivamente), seguida pelo Norte (18,7% e 19,0%) e pela RA Madeira (15,6% e 14,9%)".
Já "os maiores crescimentos ocorreram no Centro (+21,2% nos proveitos totais e +23,0% nos de aposento), no Alentejo (+18,5% e +20,0%) e no Algarve (+16,6% e +19,4%). Face a Dezembro de 2019, destacou-se a RA Madeira, com +64,9% nos proveitos totais e +75,1% nos de aposento, seguida pelo Alentejo, com +54,8% e +59,6%, pela mesma ordem".
Por fim, "no conjunto do ano de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na RA Açores (+25,9% e +27,7%), na AM Lisboa (+24,5% e +25,7%) e no Norte (+24,2% e +25,5%, respetivamente). Comparando com 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas (RA Açores com +60,3% e +62,3%, respetivamente, e a RA Madeira com +60,2% e +72,3%)", realça.