Irão atribuiu explosões em gasodutos a actos de sabotagem e terrorismo
As autoridades iranianas atribuíram hoje a um ato de sabotagem e terrorismo as explosões registadas de madrugada em dois dos principais gasodutos que atravessam o país, no meio da tensão no Médio Oriente por causa da guerra em Gaza.
As explosões foram descritas como um "ato de sabotagem e terrorismo" pelo chefe das operações da Companhia Nacional de Gás do Irão, Saeed Aqli, informou a Press TV.
Como resultado destes ataques, as indústrias e empresas da província de Lorestan (oeste) vão permanecer fechadas até novo aviso, informou a agência estatal IRNA.
Entretanto, já começaram as operações de reparação do gasoduto Borujen, que começa na cidade de Asaluyeh, no sul, e chega ao Mar Cáspio, depois de percorrer 1.250 quilómetros, segundo a IRNA.
Em relação ao gasoduto Fars, que começa em Asaluyeh e chega à província de Isfahan depois de percorrer 750 quilómetros, as autoridades afirmaram que "a situação está sob controlo".
As explosões nos dois gasodutos ocorrem num momento de elevadas tensões no Médio Oriente devido à guerra em Gaza.
O Irão lidera o chamado Eixo da Resistência, uma aliança composta por organizações militantes como o Hezbollah, os rebeldes Houthi, o movimento islâmico Hamas, a Jihad Islâmica e milícias no Iraque e na Síria, entre outros grupos.
Essa aliança tem uma posição forte contra os Estados Unidos e Israel, país que o Irão acusou de sabotagens e assassinatos no seu território.
O Irão alertou que, embora não procure a guerra com os Estados Unidos, não se deixará intimidar e responderá "com força" a um possível ataque dos EUA ao seu território ou contra os seus interesses na região.