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O verdadeiro lobby da família Sousa

A base do sucesso eleitoral das últimas décadas do PPD/PSD explica-se pela grande capacidade em perceber a população e liderar a luta pelas suas principais reivindicações e bandeiras. Sem esquecer o pragmatismo executivo que catapultou a Região para o desenvolvimento económico e social que todos conhecemos.

Foi esta capacidade em ouvir o povo que fez do PSD na Madeira o partido vencedor que é hoje. E é essa capacidade que o PSD não pode perder se quiser continuar a sua missão de liderar o desenvolvimento da Região.

É por isso essencial que o PSD não transmita uma imagem de receio perante a vontade popular. É fundamental que seja o PSD – e não a oposição – a assumir a solução para resolução da instabilidade política da Região. Todos nós, depois de ouvirmos o Presidente da República, já percebemos o que vai acontecer no dia 24 de Março. Posto isto, pergunto: queremos que seja pela primeira vez a oposição a dar voz na Madeira à vontade popular? Queremos entregar de bandeja esta vitória à oposição para insistir numa solução altamente fragilizada e com morte anunciada?

O PSD foi o partido que tirou a Madeira da época medieval, que criou a classe média na Região e que nos colocou dentro dos parâmetros de vida europeus. O PSD foi o partido que teve sempre teve o povo do seu lado. E é o único partido com quadros suficientes e capazes para assumir, com alternância, responsabilidades governativas na Região.

É o PS que é alternativa? O mesmo PS que recusa assumir as ligações marítimas para a Madeira. Que é contra um regime de viagens aéreas para os madeirenses. Que tudo fez para atrasar a obra do novo hospital. Que recusa a majoração do financiamento da Universidade. Que recusou um estatuto especial para os estudantes deslocados. Que ainda não foi capaz construir uma única residência universitária no Funchal. E, mais grave, que tenta enfraquecer a economia da Madeira com o tratamento que dá à Zona Franca. É este o partido que vai merecer a confiança dos madeirenses?

Ou o JPP? O que partido que sempre foi contra os partidos, mas que agora é um partido, e traz para a política o pior que pode haver na vida partidária: o nepotismo. O verdadeiro lobby da família Sousa: um irmão na Junta, outro na Câmara. Um no parlamento regional, outro no parlamento nacional. Brigas entre manos por lugares? Nada que não se compre com um outro lugar. Desta vez não será uma ida ao funeral para a família de Filipe Sousa (leia-se votar). Apontar o dedo é fácil. Liderar pelo exemplo é mais difícil.

O PSD venceu eleições em 52 das 54 freguesias. Teve o dobro dos votos da segunda força política mais votada. Tem uma juventude que é a mais preparada e qualificada de sempre, com espírito crítico, e interventiva. Tem um histórico de décadas de lutas contra o poder central pela defesa da Madeira e dos madeirenses. Não será, pois, agora que vamos deixar de ir a uma batalha. Devemos isso aos nossos eleitores e aos madeirenses.

É tempo de não ter medo de assumir de erros do passado e querer liderar pelo exemplo. De agregar e mobilizar todos os militantes por um bem maior. Todos somos poucos para continuar na defesa intransigente do aprofundamento da Autonomia e do desenvolvimento da Região.

Sendo que no próximo dia 10 de Março temos um desafio importantíssimo: garantir que a Madeira tem deputados que defendam a nossa Região na República. Vejam o que era Câmara de Lobos antes e depois do Pedro Coelho. Ou o historial do Paulo Neves na Assembleia da República. Esta é a única lista que dá garantias de colocar a Madeira em Primeiro. Vamos à primeira luta. Sempre, sempre, pela Madeira e pelas novas gerações.