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“Sem uma cunha os processos não avançam”, denuncia a Alternativa 21

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A Alternativa 21 (MPT.ALIANÇA) disse ontem, em comunicado de imprensa, que na nossa sociedade “é usual meter uma cunha para poder exercer os seus próprios direitos, como por exemplo para a atempada análise de um processo de licenciamento, para a apreciação favorável de um qualquer pedido de apoio ao Estado, para ter hipóteses de um emprego no Estado ou para arranjar uma consulta no serviço regional de saúde”. E, por isso, “a sensação que muitos têm é que sem uma cunha os processos não avançam a bom termo”.

Entende a coligação que este tipo de situação subverte o princípio da igualdade consagrado na Constituição da República Portuguesa e dá azo à criação de clientelas políticas enormes, em que muitos compactuam com a corrupção e com a injustiça a fim de manterem os benefícios e influência sentidos.

“No final de contas, com cunhas temos de pagar duas vezes para exercer nossos direitos: uma vez sob a forma de impostos e uma segunda na forma de favores. A realidade é que se temos de pedir para exercer um direito, então não temos esse direito: o poder de consumar os nossos direitos está nas pessoas ‘cunhadas’”, aponta.

A Alternativa 21 defende que os direitos devem ser efectivos e que cabe ao Estado garanti-los, pelo que trabalhará para que os serviços do Estado funcionem correctamente. “A Alternativa 21 continuará disponível para auscultar as pessoas e fazer seus bons ofícios para ajudá-las”, garantem.