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Madeira

Oferta de arrendamento temporário cai 22% no Funchal

Foto Shutterstock
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O arrendamento temporário, que se pode definir como aquela destinada, por exemplo, ao alojamento de pessoas por períodos entre 1 a 11 meses, caiu 22% na capital madeirense no último ano, com a oferta no país a disparar 36% no mesmo período. Ainda assim, no Funchal, 11% da oferta de arrendamento é nestes moldes, segundo o portal imobiliário Idealista.

De acordo com o Idealista, esta nova tendência de arrendamentos com duração de 1 a 11 meses ganha terreno em Portugal, mas não em todo o território. A verdade, refere, apesar da oferta disponível para arrendamento temporário no Funchal ter baixado, está um ponto percentual acima da média nacional, 10%. "Ponta Delgada (18%) e Faro (17%) são as cidades com mais stock de arrendamento temporário", sendo que em Lisboa o "arrendamento temporário aumenta 68% em 12 meses", acrescenta.

Tendo a quota atingido 1 em cada 10 imóveis em arrendamento no último trimestre de 2023, segundo o estudo realizado pelo idealista, , este é um dado que "reflete um impressionante aumento anual de 36% na oferta, sinalizando uma tendência marcante no panorama imobiliário nacional".

“Como já tínhamos assistido no stock de arrendamento de longa duração, as medidas implementadas no setor habitacional parecem estar a impactar o mercado de arrendamento, com um aumento significativo na oferta de casas para arrendar em Portugal. Restrições no Alojamento Local, o fim do regime de Residentes Não Habituais (RNH) e a redução de impostos sobre as rendas podem também estar a contribuir para um reforço da disponibilidade de imóveis no mercado. Neste sentido, os proprietários parecem encontrar no arrendamento temporário uma alternativa atrativa ao alojamento local, visando otimizar o retorno financeiro e adaptar-se às dinâmicas variáveis do mercado imobiliário.” Ruben Marques, porta-voz do idealista

"Os maiores aumentos na oferta deste tipo de arrendamento aconteceram em pequenos mercados onde este fenômeno era praticamente inexistente até agora, e a presença de alguns anúncios causou subidas significativas. São os casos de Vila Real (200%), Guarda (100%) e Leiria (100%)", seguindo-se "as cidades de Braga (93%), Évora (75%), Lisboa (68%), Viseu (50%), Setúbal (46%), Coimbra (35%), Faro (29%) e Ponta Delgada (29%)". Beja (-100%), Portalegre (-50%) e Viana do Castelo (-29%) são as únicas com maior quebra que o Funchal.

Já em "Ponta Delgada, 18% das habitações disponíveis destinam-se ao arrendamento de curta duração, enquanto em Faro, a percentagem é de 17% do total. Seguem-se Évora (13%), Funchal (11%), Lisboa (10%), Guarda (10%). Abaixo destes valores, encontram-se os mercados de Viana do Castelo (9%), Vila Real (8%), Porto (8%), Aveiro (7%), Coimbra (6,8%), Portalegre (6,7%), Setúbal (6,7%), Braga (6,6%), Leiria (6%) e Castelo Branco (5,1%)". Por outro lado, "este tipo de arrendamento de curta duração é menos expressivo em Viseu (2,9%) e Santarém (2,7%). Já em Beja e Bragança é praticamente inexistente", realça.

O que são arrendamentos temporários?

O Idealista explica: "Os arrendamentos muitas vezes apelidados de temporários ou de curta duração referem-se a contratos que não têm como objetivo satisfazer uma necessidade permanente de habitação, mas sim proporcionar alojamento para habitação não permanente ou para fins especiais transitórios, designadamente por motivos profissionais, de educação e formação ou turísticos, motivos esses que devem estar descritos no contrato. Tais contratos - os quais se regem pelo Código Civil, NRAU, e, naquilo que não tenha natureza imperativa, pela vontade das partes -, podem ser celebrados por períodos inferiores a um ano e, salvo estipulação em contrário pelas partes, não estão sujeitos a renovação automática."