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Explicador Madeira

Todos de olhos postos nos Açores

Eleições são no domingo. Boletim apresenta onze opções de voto

Realizam-se no próximo domingo as eleições legislativas regionais no arquipélago dos Açores, eleições particularmente relevantes para todo o país, tendo em conta a situação de instabilidade que se vive, com eleições antecipadas programadas também para a Assembleia da República a 10 de Março e possivelmente para a Assembleia Legislativa da Madeira, se o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assim decidir.

As eleições que dentro de três dias levam os açorianos às urnas foram antecipadas devido à não aprovação do orçamento regional para 2024 e a consequente demissão do Governo liderado por José Manuel Bolieiro. O líder do PSD/Açores estava coligado com o CDS-PP e PPM (Partido Popular Monárquico), com acordos parlamentares com o Chega e a Iniciativa Liberal, que garantia a maioria, tendo este apoio entretanto caído em Março do ano passado, alegadamente por incumprimento do acordado por parte do Governo.

O Presidente da República ouviu os partidos com assento na Assembleia Legislativa dos Açores, e dissolveu a Assembleia. O passo seguinte foi a convocação destas eleições, que no calendário normal só se deveriam realizar em Setembro ou Outubro deste ano.

Mediante os resultados eleitorais do próximo domingo sairá o convite do Representante da República para os Açores para formar governo. Pode fazê-lo a solo ou em coligação, tudo dependerá dos votos. Depois tomará posse perante a Assembleia Legislativa dos Açores, composta por 57 deputados.

No boletim de voto para as eleições de domingo estão onze partidos/coligações. O PSD concorre coligado com o CDS e com o PPM; o Partido Comunista Português com o Partido Ecologista Os Verdes, (CDU), e o partido da Terra com a Aliança. O PS concorre a solo, bem como BE, Livre, Iniciativa Liberal (IL), Juntos Pelo Povo, PAN, Chega e ADN (Alternativa Democrática Nacional).

Nas últimas eleições legislativas regionais no arquipélago dos Açores, em Outubro de 2020, o PS, de Vasco Cordeiro, apesar de ter sido o partido mais votado perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos. Elegeu 25 deputados. O PSD apenas 21, mas com o apoio de toda a Direita - coligação com CDS-PP que tinha elegido três, com o Chega e PPM que tinham elegido dois e a Iniciativa Liberal, que também elegeu um deputado - conseguiu a maioria para formar governo. O PS mesmo com os dois deputados do BE e um do PAN não chegaria lá.