Arrendar casa na Madeira custa mais 4,8% em Janeiro
No último ano os preços subiram 31,6% para média de 14,3 euros/m2
Arrendar casa na Madeira está mais caro e o início do ano parece não abrandar esse índice inflaccionário de um sector que peca por falta de oferta e muita procura. O certo é que com os preços médios actuais, alugar um T1 de cerca de 50 metros quadrados pode custar, aos preços de hoje, 715 euros mensais.
É esta a conclusão que se retira de mais um índice de preços do Idealista. "Os preços das casas para arrendar na Região Autónoma da Madeira apresentaram uma subida em Janeiro de 4,8% face ao mês anterior", refere em nota de divulgação esta manhã. "Arrendar casa na região tinha um custo de 14,3 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de Janeiro deste ano, tendo em conta o valor mediano. Já a variação anual foi de 31,6%". Ou seja, há um ano o mesmo T1 custaria 545 euros por mês.
"No Funchal (-0,1%), o preço do arrendamento estabilizou durante esse período, custando o preço do metro quadrado 14,5 euros", sendo que "a variação anual foi de 24,2%". Ainda assim, "a nível nacional, a habitação para arrendar subiu 1,8% em Janeiro, situando-se em 15,8 euros/m2", muito por culpa da grande capital.
Funchal foi das cidades capitais de distrito que 'congelaram'
Diz o Idealista que "o preço de arrendamento em Janeiro subiu em seis capitais de distrito, com Leiria (4,3%) a liderar a lista. Seguem-se Faro (4%), Santarém (3,8%), Coimbra (3%), Lisboa (1,9%) e Setúbal (1,3%). Por outro lado, os preços desceram em Évora (-6,9%) e Aveiro (-2,8%). Já no Porto (0,3%) e no Funchal (-0,1%) preços mantiveram-se estáveis nesse período", sendo certo que "Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 21,4 euros/m2. Porto (16,9 euros/m2) e Funchal (14,5 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (12,9 euros/m2), Setúbal (11,8 euros/m2), Aveiro (11 euros/m2), Coimbra (11 euros/m2). Já as cidades mais económicas são Santarém (7,7 euros/m2), Leiria (8,4 euros/m2) e Évora (10,7 euros/m2)", acrescenta.
Ilha da Madeira com dos maiores aumentos
Também a análise refere que "dos 18 distritos e ilhas analisados, os preços em Janeiro subiram em Portalegre (8,2%), ilha da Madeira (6,2%), Braga (5%), Santarém (4,2%), Leiria (3,1%), Lisboa (2,3%), Coimbra (1,5%) e Setúbal (0,9%). Já no Porto (0,2%) Évora, Faro e Viseu (0% nos três distritos) os preços mantiveram-se estáveis nesse período", enquanto que por outro lado, os preços descem em Castelo Branco (-5,1%), ilha de São Miguel (-4,9%), Beja (-3,1%), Vila Real (-3%), Aveiro (-2,2%) e Viana do Castelo (-1,8%)".
Sem surpresa, "o ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (19,6 euros/m2), seguido pelo Porto (15,1 euros/m2), ilha da Madeira (14,3 euros/m2), Faro (13,2 euros/m2), Setúbal (12,6 euros/m2), Évora (10,3 euros/m2), Coimbra (9,9 euros/m2), Leiria (9,5 euros/m2), Aveiro (9,1 euros/m2), Braga (9 euros/m2), Beja (8,7 euros/m2) e ilha de São Miguel (8,7 euros/m2)", com os preços mais económicos a situarem-se "em Vila Real (6 euros/m2), Portalegre (6,6 euros/m2), Castelo Branco (7,1 euros/m2), Viseu (7,4 euros/m2), Santarém (7,6 euros/m2) e Viana do Castelo (8 euros/m2)".
Por regiões, Madeira na frente
"Durante o mês de Janeiro, os preços das casas para arrendar subiram na Região Autónoma da Madeira (4,8%), Área Metropolitana de Lisboa (2,3%), Alentejo (0,9%), Centro (0,7%) e Norte (0,7%). Em sentido contrário, apenas desceram na Região Autónoma dos Açores (-4,6%). Já no Algarve (0%), os preços mantiveram-se estáveis", diz o portal imobiliário. "A Área Metropolitana de Lisboa, com 18,8 euros/m2, continua a ser a região mais cara, seguida pela Região Autónoma da Madeira (14,3 euros/m2), Norte (13,8 euros/m2) e Algarve (13,2 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (8,5 euros/m2), o Centro (9 euros/m2) e o Alentejo (9,8 euros/m2) que são as regiões mais baratas", conclui.
Refira-se que "para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado", sendo incluídos ainda "a tipologia 'moradias unifamiliares'" e descartados "todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado", explica o Idealista.