OCM apresenta “projectos artísticos e culturais que desafiam os próprios artistas”
Salão Nobre da Assembleia foi palco de um recital de canto e piano totalmente dedicado aos sonetos de Luís Vaz de Camões
A Orquestra Clássica da Madeira ao longo da sua história, e com incidência na última década, tem apresentado projetos artísticos e culturais que desafiam os próprios artistas, o público, assim como a própria proposta musical, refere o seu responsável, Norberto Gomes, em nota à imprensa, destacando, este domingo, o recital de canto e piano “totalmente dedicado a três canções e aos 13 sonetos de Luís Vaz de Camões que foram musicados pelo compositor madeirense João Victor Costa”.
Autor do Hino da Madeira, continua a nota, Victor Costa escreveu nas várias formas musicais desde a canção, a sonata, o concerto, entre outras, e a Orquestra Clássica da Madeira, ainda durante a sua vida e até ao momento, tem apresentado nas suas temporadas de forma recorrente algumas das suas composições.
"Esta abordagem para com a nossa música é uma responsabilidade e uma naturalidade que tem vindo a ser disseminada ao longo das nossas temporadas pelo valor musical e histórico de muitas destas obras que temos vindo a interpretar." OCM
Também, celebrar o quinto centenário do nascimento de Camões é perpetuar na nossa memória e transmitir aos mais novos o "expoente maior da literatura portuguesa", um "símbolo da vocação universalista da língua e da cultura portuguesas". Celebrar Camões é manter viva o legado de um poeta omnipresente, tanto na literatura como na identidade portuguesas, um dos maiores vultos da literatura universal.
Para este Recital, a Orquestra Clássica da Madeira convidou, o tenor Alberto Sousa e o pianista Robert Andres.
Com sala cheia, o público parabenizou os artistas, de pé, num reconhecimento ao momento musical especial que teve oportunidade de ouvir.
Alberto Sousa, na interacção com o público referiu ser realmente um privilégio estudar e abordar estas composições, sendo certamente uma estreia regional a apresentação do ciclo completo dos treze sonetos e uma primeira audição absoluta da última versão desta obra composta por Victor Costa.
No final, os artistas num gesto de gratidão aos generosos aplausos de reconhecimento do público, ofereceram um extra, também com música de Victor Costa mas desta feita, com letra de Maria Aurora, “Um abraço ao Funchal”.