Primeiro-ministro da Geórgia proíbe máscaras e rostos tapados em manifestações
A Geórgia vai proibir o uso de máscaras ou outras formas de cobertura facial durante as manifestações para impedir a violência, informou hoje o primeiro-ministro georgiano, depois de esta manhã a imprensa georgiana ser atacada por manifestantes encapuzados.
"Antes do próximo fim de semana vamos proibir por lei esconder o rosto com máscaras em protestos, é uma medida importante contra a violência", anunciou Irakli Kobajidze, o líder do Governo, em conferência de imprensa, afirmando que "este tipo de lei existe em muitos países da União Europeia para prevenir a violência".
O primeiro-ministro da Geórgia observou que "rostos escondidos sob máscaras representam um risco grave, pois impedem os agentes da lei de identificar aqueles que cometem atos violentos", salientando que não se trata de uma lei para reprimir mas antes para prevenir.
A conferência de imprensa teve lugar depois de esta manhã dois jornalistas do canal de televisão Pirveli, pró-oposição, que cobriam protestos pró-União Europeia na Geórgia, no centro de Tbilisi, serem atacados por um grupo de homens encapuzados, acontecimento do qual o partido no Governo, Georgian Dream, se distanciou, considerando-o "uma provocação".
"O Ministério do Interior está a investigar", disse Irakli Kobajidze, reconhecendo a dificuldade de identificar os responsáveis por estarem todos encapuzados.
O governante aproveitou a oportunidade para comentar o encontro realizado em Paris entre a presidente georgiana, Salomé Zurabishvili, alinhada com a oposição, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
O primeiro-ministro georgiano minimizou a importância desta reunião ao salientar que o mandato de Salomé Zurabishvili termina em 29 de dezembro.