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Trump promete tirar EUA da NATO se aliados não pagarem mais pela Defesa

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Foto Shutterstock

Donald Trump, disse que o seu país sairá da NATO se os aliados não pagarem mais e prometeu expulsar todos os imigrantes em situação irregular, na sua primeira entrevista como Presidente eleito dos EUA.

Na entrevista ao programa Meet the Press, da cadeia televisiva NBC News, gravada na sexta-feira e que será difundida hoje (sendo já conhecidos excertos), Trump assegurou que os EUA deixarão a NATO a menos que os países aliados contribuam mais financeiramente.

"Se pagarem as suas contas e nos tratarem de forma justa, a resposta é 'absolutamente, ficarei na NATO'", esclareceu o Presidente eleito, antes de dizer que, de outra forma, retirará os Estados Unidos da Aliança Atlântica.

Trump também promete expulsar todos os imigrantes em situação irregular, logo que tome posse, em 20 de janeiro.

"Penso que temos de o fazer. E é difícil. É uma coisa muito complicada de fazer", explicou o futuro Presidente, quando questionado sobre se o seu plano era expulsar durante os seus quatro anos de mandato todas as pessoas com presença ilegal nos Estados Unidos.

"Vai custar uma fortuna. Mas vou fazê-lo. Vamos começar com os criminosos", prometeu o Presidente eleito.

Trump também prometeu que não iria separar famílias, nos casos em que alguns imigrantes da mesma família estão legalmente e outros ilegalmente em território norte-americano, devolvendo todos ao seu país de origem.

"Eu não quero separar famílias. E a única maneira de o conseguir é mantê-los todos juntos e enviá-los todos de regresso", disse Trump, durante a entrevista.

O Presidente eleito explicou ainda que pretende eliminar a cidadania por direito de nascimento -- a proteção consagrada na 14.ª Emenda, que garante a cidadania a qualquer pessoa nascida em território norte-americano.

No plano económico, Trump disse que vai cumprir a promessa eleitoral de aumentar as tarifas de importação dos principais parceiros de comércio, e não assegurou que "as famílias americanas não vão pagar mais", como consequência dessa medida.

"Não posso garantir nada. Não posso garantir o que vai acontecer no futuro", reconheceu Trump.

Durante a entrevista, Trump continuou a insistir que as eleições de 2020, em que foi derrotado pelo democrata Joe Biden, foram roubadas e explicou que as eleições deste ano apenas não seguiram o mesmo rumo porque o resultado da sua vitória foi "demasiado expressivo".

Contudo, ao contrário do que tinha prometido durante a campanha eleitoral, Trump não falou em vinganças contra os adversários que acusa de o terem prejudicado politicamente e pessoalmente no passado.

"Não quero voltar ao passado. A retribuição será através do sucesso", disse Trump, esclarecendo que não vai nomear um procurador especial para investigar qualquer situação que envolva o Presidente Joe Biden ou a sua família.

O Presidente eleito disse ainda que admite aumentar o salário mínimo federal, mas que terá de consultar os governadores estaduais, antes de tomar qualquer decisão.

Trump também prometeu que não irá impor restrições ao acesso a pílulas abortivas, deixando o tema do acesso à interrupção voluntária da gravidez a decisões dos legisladores de cada estado, quando falou sobre um dos temas mais divisivos da campanha eleitoral.

Sobre a Ucrânia, Trump disse que está já efetivamente a tentar acabar com o conflito com a Rússia, assegurando que Kiev não deverá esperar muita mais ajuda militar dos Estados Unidos, quando ele assumir o poder em janeiro.

Sobre a situação na Síria, na entrevista gravada na sexta-feira, antes dos mais recentes desenvolvimentos, Trump disse estar convencido que o Presidente Bashar al-Assad dificilmente se conseguiria manter no poder.

"O que é incrível, porque ele permaneceu no poder durante anos, sob condições muito mais adversas. De repente, os rebeldes estão a assumir grandes porções de território", concluiu Trump.