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Presidente do Parlamento Europeu apela ao diálogo para enfrentar momento crítico

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Foto AFP

A presidente do Parlamento Europeu afirmou hoje que a queda do Governo de Bashar al-Assad na Síria é um momento "crítico" para a região e destacou que o diálogo e o respeito pelo direito internacional devem prevalecer.

Roberta Metsola considerou que as próximas horas e dias são decisivas.

"É o diálogo, a unidade, o respeito pelos direitos fundamentais e pelo direito internacional que devem caracterizar os próximos passos", disse.

A presidente do Parlamento Europeu expressou que este é "um momento crítico para a região e para os milhões de sírios que desejam um futuro livre, estável e seguro".

"O ditador caiu. É claro que o governo brutal de 24 anos de Bashar al-Assad na Síria terminou e o seu regime está desfeito", referiu, nas redes sociais.

O regime da família Al-Assad, que governava o país árabe desde 1971, ruiu este domingo às mãos dos rebeldes, a maioria deles islamistas, liderados pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), que tomaram Damasco com pouca resistência após apenas 12 dias de ofensiva apoiada por outras fações apoiadas pela Turquia.

Hoje, a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, afirmou que a prioridade da União Europeia agora "é garantir a segurança na região", para a qual trabalhará "com todos os parceiros construtivos, na Síria e na região".

"Estou em contacto estreito com os ministros da região. O processo de reconstrução na Síria será longo e complicado e todas as partes devem estar dispostas a colaborar de forma construtiva", disse Kallas.

Os rebeldes declararam hoje Damasco 'livre' de al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio.

O Presidente sírio, no poder há 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), desconhecendo-se, para já, o seu paradeiro.

Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.