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A Guerra Mundo

Ucrânia informa que russos estão a retirar navios de guerra de Tartus

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Foto Getty Images

A inteligência militar ucraniana informou hoje que, após a queda de Damasco nas mãos dos insurgentes do regime de Bashar al Assad, Moscovo retirou os seus navios de guerra da sua base marítima em Tartus.

Também foi informado que a Rússia estará a transferir o equipamento militar remanescente na base aérea de Hmeimim.

"A 08 de dezembro de 2024, a fragata Almirante Grigorovich da Frota Russa do Mar Negro e o cargueiro Engenheiro Trubin da Frota Russa do Norte deixaram Tartus através do Mediterrâneo", disseram os serviços secretos ucranianos.

Em comunicado, a inteligência militar ucraniana acrescentou que "os russos também estão a retirar os restos das suas armas e equipamento militar da base aérea de Hmeimim, para fora da Síria, em aviões militares".

Para Kiev, após a captura de Damasco neste domingo, a "provável perda" pela Rússia das suas bases em Tartus e Hmeimim "completará a derrota do Kremlin no Médio Oriente".

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, o presidente da Síria, Bashar al Assad, deixou o país neste domingo após manter negociações com os grupos rebeldes que tomaram Damasco.

Fontes parlamentares em Moscovo alertaram que o futuro das bases militares no país árabe poderia estar em causa após o colapso do regime e apelaram à defesa dos interesses russos na Síria, depois de um dia antes de o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, ter negado uma suposta evacuação da base de Tartus.

Os insurgentes declararam hoje Damasco 'livre' do presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante, juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio.

O Presidente sírio deixou o país, perante a ofensiva rebelde, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O OSDH, com sede em Londres e rede de informadores na Síria, já tinha indicado que, face ao avanço das forças rebeldes, o exército e as forças de segurança tinham abandonado o aeroporto de Damasco.