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Madeira

Mário Soares na Madeira em clima quase sempre tenso

Celebra-se hoje o 100.º aniversário do nascimento do antigo Presidente da República.

Presidente Mário Soares com Alberto João Jardim, nas férias em Porto Santo, em Junho de 1986. Ver Galeria
Presidente Mário Soares com Alberto João Jardim, nas férias em Porto Santo, em Junho de 1986.

DIÁRIO publica conjunto de imagens que marcam diversas passagens de Soares pelo arquipélago.

Cumpre-se hoje o 100.º aniversário do nascimento de Mário Alberto Nobre Lopes Soares, provavelmente o político português mais conhecido e com grande longevidade na política portuguesa.

Combatente da ditadura, por diversas vezes preso e torturado, foi a figura charneira do pós-25 de Abril, tendo ocupado diversos cargos em diferentes governos, tendo sido primeiro-ministro e mais tarde Presidente da República (1986-1996). Foi o grande obreiro da entrada de Portugal na então CEE, em 1986.

Esteve, antes na direcção Académica das Juventudes Comunistas de Lisboa (1944-45); doi presidente do MUD juvenil (Movimento de Unidade Democrática) (1945-1948); secretário do general Norton de Matos (1949);Comissão Central de Apoio a Humberto Delgado (1958);ASP (Ação Socialista portuguesa) (1964-1973); cabeça de lista da CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática)-Lisboa (1969);professor nas Universidades de Vincennes e Rennes (1970-1974);Secretário-geral do PS (Partido Socialista) (1973-1985); vice-presidente da Internacional Socialista (1974-1985); ministro dos Negócios Estrangeiros (I-II Governos Provisórios); ministro sem pasta (III-IV Governos Provisório, 1974-1975); primeiro-ministro (I e II Governos Constitucionais, 1976-1978 e IX Governo Constitucional, 1983-1985);presidente da Fundação Mário Soares e conselheiro de Estado (1996).

Mário Soares, advogado de profissão, esteve por diversas vezes na Madeira, tanto no desempenho de cargos oficiais como candidato a diversas eleições.

A sua relação com o Governo Regional, presidido por Alberto João Jardim, foi quase sempre tensa. As farpas de um lado para outro foram frequentes e Soares nunca deixou de ouvir os partidos da oposição regional, nem manifestar as suas opiniões sobre o 'estado democrático' que se vivia na Região durante os anos em que ocupou cargos políticos.