Chega acusa Governo de alimentar “sentimento de desigualdade e exclusão”
Francisco Gomes não poupa críticas a de Montenegro e fala em “onda de insatisfação social”
O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, alertou, hoje, para o “descontentamento social” que, na sua opinião, “tem vindo a crescer em Portugal, com várias classes profissionais a expressarem publicamente o seu desagrado face às políticas do actual Governo da República”.
O parlamentar madeirense não poupou críticas à liderança do actual governo, a quem acusa de “criar desequilíbrios” devido à sua “falta de estratégia”.
O deputado do Chega nota que, “desde o início do mandato, o executivo de Luís Montenegro tem encetado negociações com alguns sectores da função pública, resultando em acordos pontuais”. No entanto, as suas acções “têm deixado de parte uma fatia significativa dos trabalhadores, alimentando um sentimento de desigualdade e exclusão”, evidencia.
“O Governo tem demonstrado uma incapacidade crónica para ouvir quem mais precisa. As negociações do início do mandato criaram uma fachada de abertura, mas grande parte da população continua a ser ignorada. Este é um Governo que prefere discursos vazios a enfrentar os problemas. É a política da aparência e não da substância”, sublinha Francisco Gomes.
A seu ver a “crescente mobilização social” trata-se de “uma resposta direta à falta de sensibilidade do executivo”.
“Estamos a falar de pessoas que já não conseguem suportar o sufoco e respondem com manifestações a uma liderança sem humanismo, sem compreensão e sem capacidade para resolver os problemas estruturais do país”, vinca o parlamentar citado em nota de imprensa.
Francisco Gomes considera ainda que “o descontentamento vai além da função pública, afetando, também, os trabalhadores do sector privado e outros grupos vulneráveis”.
O deputado madeirense também acusa o Governo de Luís Montenegro de estar a “conduzir o país para um abismo social e económico”.
Francisco Gomes alertou ainda para um “risco de maior instabilidade caso o Governo não mude de rumo rapidamente”.
“Enquanto o povo grita por justiça, eles fecham os ouvidos. Não podemos continuar a assistir a este teatro de incompetência e desprezo pelas pessoas. É preciso um governo que lide com a realidade, não um que a fuja para dentro dos gabinetes”, rematou.