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Centenas de soldados sírios que fogem do conflito entraram no Iraque

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Foto AFP

As autoridades iraquianas informaram hoje que autorizaram a entrada de cerca de dois milhares de soldados do Exército sírio que fugiram do conflito, incluindo alguns militares feridos.

De acordo com um alto funcionário de segurança, cerca de dois mil soldados sírios que fugiram do conflito entraram no Iraque através do posto fronteiriço de Al-Qaim e vários militares feridos foram hospitalizadas para tratamento nesta localidade no oeste do país.

O Governo de Bagdade -- composto por partidos pró-Irão - manifestou o seu apoio ao regime sírio, mas está preocupado com as repercussões regionais do clima de instabilidade na Síria, onde grupos rebeldes liderados por radicais islamitas lideram uma ofensiva contra as forças governamentais.

As autoridades iraquianas enviaram veículos blindados para reforçar a segurança na fronteira de mais de 600 quilómetros entre o Iraque e a Síria.

"O Iraque não quer intervir militarmente na Síria", explicou o porta-voz do Governo iraquiano Bassim al-Awady, acrescentando que o seu país empreendeu "esforços políticos e diplomáticos excecionais" para encontrar uma solução para a crise no país vizinho.

"O Iraque defende a unidade do território sírio (...) uma fragmentação da Síria é uma linha vermelha para nós", acrescentou o porta-voz.

As Brigadas do Hezbollah, um influente grupo armado pró-iraniano no Iraque, asseguram que ainda não tomaram a decisão de enviar os seus próprios combatentes para a Síria, para apoiar o regime sírio.

Um responsável do Governo iraquiano garantiu ainda que a "linha vermelha" a não ser ultrapassada no contexto do conflito sírio é um avanço das "forças terroristas" em direção ao leste da Síria, onde ficariam mais perto do território do Iraque.