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NASA volta adiar envio de astronautas para a Lua

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A agência espacial norte-americana (NASA) voltou hoje a adiar o envio de astronautas para a órbita e a superfície da Lua, respetivamente para 2026 e 2027, depois de um problema ocorrido no escudo térmico da nave Orion.

Em conferência de imprensa, a NASA anunciou que a missão que colocará de novo astronautas na órbita da Lua (Artemis II) está agora prevista para abril de 2026, enquanto a missão que enviará de novo astronautas para a superfície lunar (Artemis III), incluindo a primeira mulher e o primeiro negro, passou para meados de 2027.

Ambas as missões, que fazem parte do programa lunar Artemis da NASA, já tinham sido anteriormente adiadas de 2024 para 2025 (Artemis II) e de 2025 para 2026 (Artemis III).

A NASA justifica o novo adiamento com a necessidade de ter mais tempo para preparar a nave Orion para as novas missões depois de ter sido detetado um problema no escudo térmico (material excessivamente carbonizado) durante a reentrada na atmosfera terrestre do voo de teste não tripulado à volta da Lua, em 2022 (Artemis I).

O administrador da NASA, Bill Nelson, disse que a nave será usada com o seu escudo térmico original, mas serão feitas alterações na trajetória de reentrada na atmosfera terrestre no final do voo.

A NASA quer, ainda, ter mais tempo para trabalhar os sistemas de controlo ambiental e de suporte de vida da nave.

Apenas astronautas norte-americanos, 12 e todos homens, estiveram na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, ao abrigo do programa Apollo.

Os Estados Unidos, que têm a China como principal adversário na corrida à Lua, esperam que o novo programa lunar Artemis sirva de trampolim para futuras missões tripuladas a Marte.

A missão Artemis III prevê a alunagem de dois astronautas no polo sul, região com água gelada.