Saiba como prevenir o contágio da sarna humana
Foi detectado um foco de escabiose - mais conhecido por sarna humana - na Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção Atalaia.
Saiba mais sobre esta doença, nomeadamente como se transmite e quais os sintomas a ter em atenção.
De acordo com a CUF, a sarna humana ou escabiose é uma doença cutânea infecciosa e contagiosa. É causada por um parasita, mais concretamente um ácaro chamado Sarcoptes scabie, que vive apenas na pele humana. A fêmea escava um túnel na pele, onde deposita os seus ovos, provocando uma reacção alérgica.
Quais os sintomas?
A CUF revela que os sintomas surgem habitualmente entre três a quatro dias após o contágio e podem prolongar-se durante várias semanas. Consulte um médico se sentir:
- Comichão ou prurido, sobretudo à noite.
- Erupções cutâneas/Pápulas (semelhantes a picadas) em zonas sugestivas do corpo, sobretudo entre os dedos, nas mãos, axilas, seios, nádegas, genitais e abdómen. Nas crianças mais novas e nos bebés, podem atingir outras zonas, como a cabeça, as palmas das mãos e as plantas dos pés.
- Descamação e crostas - A sarna crostosa ou norueguesa, a forma mais grave e rara de escabiose, corresponde a uma hiperinfestação por Sarcoptes scabie e atinge essencialmente pessoas com doenças que comprometem o sistema imunitário.
Como diagnosticar?
Os sintomas, a apresentação e a localização das lesões cutâneas sugerem o diagnóstico de sarna humana ou escabiose, que é fundamentalmente clínico. A CUF diz que pode haver confusão com outras doenças dermatológicas, como as dermatites. Em caso de dúvida, podem ser recolhidas amostras das lesões e realizada uma observação microscópica para confirmar a presença do parasita.
Como prevenir?
A doença é contagiosa, transmitindo-se através do contacto directo com a pele de alguém que esteja infectado ou, menos frequentemente, pela partilha da mesma roupa ou da mesma cama, podendo, nestes casos, atingir famílias inteiras.
Os animais, designadamente os domésticos, não podem propagar a sarna humana, uma vez que o ser humano é o único hospedeiro do parasita responsável pela doença.
Embora não faça distinção entre classes sociais ou hábitos de higiene, a doença é mais comum em pessoas que estão em grande contacto físico com outras, como crianças pequenas e idosos institucionalizados.
Existem algumas medidas que visam prevenir a transmissão, sobretudo em casa, tais como:
- Lavar toda a roupa interior, pijamas e roupa de cama utilizados em água bem quente
- Estender o tratamento ao parceiro e aos outros elementos da família
Tratamento
O tratamento consiste essencialmente na aplicação tópica (isto é, directamente sobre a pele) de soluções escabicidas. De acordo com a CUF, pode ser necessário recorrer a medicamentos com acção sistémica, administrados por via oral, nomeadamente quando a patologia afecta a família inteira ou pessoas institucionalizadas.
Também podem ser prescritos anti-histamínicos para o alívio do prurido e da vontade de coçar, evitando os indesejáveis arranhões e consequente infecção secundária por bactérias.
Alguns sabões, cremes e pomadas são contraindicados, podendo mesmo agravar o problema. Evite a automedicação.