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Marcelo evoca Sá Carneiro e Amaro da Costa e afirma que nunca serão esquecidos

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O Presidente da República evocou hoje Sá Carneiro e Amaro da Costa, passados 44 da sua morte na queda de um avião sobre Camarate, e afirmou que nunca serão esquecidos, reiterando que "a verdade não prescreve".

Através de uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa fez saber que "assistiu hoje, no Porto, na Igreja do Cristo Rei, a uma missa de sufrágio evocativa dos falecidos".

O chefe de Estado assinala, neste texto, o "quadragésimo quarto aniversário da tragédia ocorrida em Camarate, em que faleceram o primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa Nacional, Adelino Amaro da Costa, bem como as suas mulheres, Snu Abecassis e Maria Manuel Simões Vaz da Silva Pires, além do Dr. António Patrício Gouveia e dos dois pilotos da aeronave".

"O Presidente da República mantém a convicção de que a verdade não prescreve e de que a passagem do tempo não apaga a memória inspiradora dos que perderam a vida em 04 de dezembro de 1980", lê-se na nota, que é semelhante a outras que fez publicar nesta data em anos anteriores.

Marcelo Rebelo de Sousa, "em nome de Portugal, evoca, neste dia, Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, dois portugueses de exceção, cidadãos e homens públicos que lutaram pelo seu país, com sacrifício da própria vida".

"Tendo decorrido mais de quatro décadas sobre o seu desaparecimento, nunca esqueceremos o seu exemplo, um exemplo de dedicação a Portugal e aos valores da liberdade, da democracia e da justiça social", afirma o Presidente da República.

Em 2018, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu Francisco Sá Carneiro como "o contrário de um líder populista" e considerou que, se não tivesse morrido tão cedo, "teria provavelmente a chance de ser Presidente da República."

Ao homenagear Francisco Sá Carneiro, em 2020, nos 40 anos da sua morte, o chefe de Estado manifestou frustração por no plano da justiça não se ter provado se Camarate foi acidente ou crime.

"Para quem acompanhou sucessivas comissões parlamentares de inquérito como representante da família de António Patrício Gouveia -- lembrando sempre o corajoso Augusto Cid -- e, nessa qualidade, concordou com as conclusões das últimas comissões no sentido de ter havido atentado, mesmo se não dirigido especificamente contra Francisco Sá Carneiro, é muito frustrante ter de admitir que o tempo acabou por não facilitar uma decisão jurisdicional com mais sedimentada base probatória", disse, na altura.

"Qualquer que ela fosse, ter-me-ia aquietado mais como cidadão", acrescentou o Presidente da República e antigo presidente do PSD.