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Combates no norte obrigaram a deslocação de 115.000 pessoas

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Foto EPA/MOHAMMED AL RIFAI

Mais de 115.000 pessoas viram-se obrigadas a deslocar-se devido aos combates no norte da Síria, onde rebeldes liderados por islamitas estão a realizar uma grande ofensiva, indicou o coordenador regional adjunto da ONU para a Síria, David Carden.

"Passou uma semana desde que o conflito se intensificou na Síria. Mais de 115.000 pessoas foram deslocadas em Idlib e no norte de Alepo", declarou Carden no final de uma visita a Idlib, uma cidade no noroeste da Síria e um bastião de grupos rebeldes.

Mais de 700 pessoas foram mortas, entre as quais 110 civis, durante uma semana de ofensiva da aliança islamita Organização de Libertação do Levante e de outras fações da oposição apoiadas pela Turquia no noroeste da Síria, informou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos OSDH).

Fações insurgentes islamitas lançaram uma vasta ofensiva militar no noroeste da Síria a 27 de novembro.

A aliança, liderada pela Organização de Libertação do Levante, uma antiga afiliada da Al-Qaida na Síria, e composta também por fações pró-turcas, alcançou desde então o controlo total da cidade de Idlib e da maior parte de Alepo, a segunda maior cidade síria, depois de Damasco, e continua o seu avanço em direção a Hama, cerca de 210 quilómetros a norte da capital.

Estes confrontos são os primeiros desta envergadura desde há vários anos na Síria, onde as hostilidades tinham globalmente cessado entre os beligerantes apoiados por várias potências regionais e internacionais com interesses divergentes na guerra civil que começou no país em 2011.