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Orçamento Regional Madeira

Chega só viabiliza Orçamento se Albuquerque sair do Governo

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

Uma remodelação do Governo Regional, com saída do presidente Miguel Albuquerque, foi a única condição que o grupo parlamentar do Chega colocou, esta manhã, para a viabilização da proposta de orçamento para 2025. A posição foi assumida na reunião de negociação que teve lugar no parlamento, com uma comitiva do executivo e do PSD.

"Já dissemos ao Governo aquilo que pretendíamos, que houvesse uma reformulação profunda do Governo. Obviamente que não acontece. A acontecer, nunca seria com a retirada de Miguel Albuquerque. Também nós não aceitamos que essa reformulação seja só uma espécie de sacrifício aos secretários arguidos e não ao presidente arguido. [Tal reformulação] terá que ser sempre com a saída do presidente, que é tão arguido como os secretários", avançou Miguel Castro, à saída do encontro, onde nem foram equacionadas medidas a incluir no orçamento.

O líder do Chega considera que "não será de todo uma catástrofe se a Madeira não tiver um orçamento agora e o tiver daqui a três ou quatro meses". "Obviamente que o que se afigura será um acto eleitoral", admitiu Miguel Castro, que remeteu para o PS a responsabilidade final pela aprovação ou 'chumbo' do orçamento. "Foi o PS que provocou o adiamento da discussão da moção de censura e que provocou estas reuniões [de negociação do orçamento], enganando os madeirenses, dizendo que a Madeira precisava de um orçamento e logo a seguir Paulo Cafôfo veio dizer que não vota este Orçamento. Está a enganar os madeirenses. Quis fazer um número político. Quis esvaziar a moção de censura do Chega. Quis derrubar o Governo através da inviabilização do orçamento. Nós achamos que isso não é honestamente político. Nós achamos que quem provocou este adiamento deve dar, sim, este orçamento à Região", declarou.