Dia Mundial da Paz
Era dia de natal!
Naquele dia, o sol atrevidamente invadia a varanda do meu quarto, infiltrando-se no meu aposento, numa saudável irradiação de luz e calor, associando-se à solenidade do dia. Logo me dirigi para a varanda, para receber tão iluminada visita e disfrutar do espectáculo, que aquela manhã solarenga nos oferecia, debaixo de um céu azul.
Espontaneamente, surgem duas pombas brancas, fazendo um rodopio aéreo sobre as oliveiras, que adornam a praça pública, pousando numa delas.
Era dia de natal, repito.
Um dia em que os nossos sentimentos são mais superficiais e a saudade nos invade a alma mais afincadamente, sendo a paz um dos bens mais sentidos nesse dia.
Aquelas pombas brancas, vieram aprofundar aquele sentimento de paz, que o sossego dava ao lugar naquele dia, ou não fossem elas, o símbolo da paz, o mesmo símbolo que simbolizam os ramos da oliveira, onde elas pousaram.
Lembrei-me então, que se aproximava o dia mundial da paz e, quase sem querer lembrei-me do oposto da paz; os malefícios da guerra e, pensei:
Que bom seria, se os homens celebrassem esse dia, com um coração cheio de amor e sem pólvora na cabeça. Que esses tais, que regem as grandes potências mundiais, entendessem que os dinheiros espatifados nas guerras, se fossem aplicados em pão, matariam a fome a todo o mundo e ainda sobrava pão.
A paz deve começar dentro de cada um de nós. Há guerras feitas sem armas, que ferem e que matam.
Quezílias políticas que são autênticas guerras e, que também existem na nossa região, infelizmente. Não sei se fazem guerra para governarem, ou se, para se governarem. Palavras insultuosas vindas a público, que em nada dignificam quem governa, ou quem quer governar. Guerras, que não abonam a favor de um povo, nem de uma região.
Oxalá, o novo ano seja, um ano repleto de paz, que se calem as armas no mundo e, que na terra queimada, deixada pela guerra, nasçam as oliveiras da paz, sobrevoadas por bandos de pombas brancas.
Que o mundo, jamais seja governado pela política do bota abaixo, sob a teoria do tira-te, que eu quero me pôr.
Feliz ano, muita paz.
José Miguel Alves