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Huthis admitem ter atacado Israel e porta-aviões norte-americano

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Foto Arquivo

Os rebeldes xiitas Huthis do Iémen admitiram hoje que atacaram Israel com dois mísseis balísticos hipersónicos e lançaram um "grande número" de drones e mísseis contra um porta-aviões norte-americano no sul do Mar Vermelho.

O porta-voz militar Huthi, Yahya Sarea, não especificou quando foram realizados, mas adiantou que um dos ataques envolveu mísseis balísticos e teve como alvo o aeroporto Ben Gurion, que fica a 15 quilómetros a sudeste de Telavive, e um outro teve como alvo uma central elétrica a sul de Jerusalém.

Yahya Sarea adiantou também que foram lançados drones e mísseis "contra o porta-aviões USS Harry Truman" para "frustrar um grande ataque aéreo que estava a ser preparado" contra o Iémen.

As forças norte-americanas presentes na região não reagiram até agora às declarações.

"Com a ajuda de Deus Todo-Poderoso, a força de mísseis (...) realizou duas operações militares qualitativas; a primeira teve como alvo o aeroporto Ben Gurion (...) com um míssil balístico hipersónico do tipo Palestina-2, e a outra teve como alvo uma central elétrica a sul de Jerusalém ocupada com um míssil balístico do tipo Zulfiqar, explicou Sarea.

Estes lançamentos, acrescentou, "coincidiram com um ataque contra o porta-aviões norte-americano USS Harry Truman com um grande número de drones e mísseis enquanto as forças norte-americanas se preparavam para lançar um grande ataque aéreo contra o nosso país".

Segundo assegurou, os mísseis e os drones "alcançaram com sucesso os seus alvos".

Por seu lado, o exército israelita anunciou, na segunda-feira à noite, que tinha intercetado um míssil lançado a partir do Iémen antes de entrar em território israelita, embora as sirenes antimíssil tenham sido ativadas em Telavive e na região central de Israel.

Os Huthis, que pertencem ao ramo xiita do Islão, liderado pelo Irão, pegaram em armas em 2014 contra o Governo iemenita internacionalmente reconhecido e, desde então, controlam a capital, Sanaa, e grandes regiões dos empobrecidos norte, sul e oeste daquele país da península arábica.

Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra em Gaza, têm atacado navios mercantes e militares nos mares Vermelho e Arábico, bem como alvos em Israel, com o objetivo de prejudicar economicamente o Estado Judeu, aproveitando a posição estratégica do Iémen nessa importante rota marítima do comércio internacional.

Nos últimos dias, intensificaram as suas ações, apesar de as suas posições terem sido bombardeadas, em diversas ocasiões, pelos EUA, Reino Unido e Israel.

O último destes ataques israelitas foi realizado na passada quinta-feira e teve como alvo, entre outros objetivos, o aeroporto de Sanaa, provocando seis mortos e 40 feridos.