Marítimo

É com grande preocupação que escrevo esta carta, como adepto e sócio do Marítimo, para falar sobre questões que se têm tornado demasiado evidentes e que, infelizmente, continuam sem solução.

A ausência de uma liderança forte e focada no bem maior do clube tem sido notória. Liderar significa servir, e não servir-se. Representar o Marítimo exige compromisso, responsabilidade e transparência – qualidades que, nos momentos difíceis, parecem desaparecer. Quando erramos, devemos dar a cara, admitir os erros e encarar as críticas com a humildade necessária para crescer, não nos escondermos ou procurar culpados externos.

O Marítimo atravessa um período delicado e, antes de qualquer plano ou estratégia, é essencial que se faça um diagnóstico profundo do que se passa dentro do clube. Como podemos trabalhar para o futuro se não compreendemos o presente? A falta de clareza na comunicação e a constante repetição dos mesmos erros deixam transparecer que o clube está a ser gerido sem um rumo definido.

O Marítimo não é apenas uma instituição desportiva; é uma paixão que move milhares de pessoas. Merece ser tratado com o respeito que lhe é devido, e isso começa por colocar os interesses do clube acima dos interesses individuais. Só assim conseguiremos recuperar a força e a credibilidade que sempre caracterizaram o nosso Marítimo.

Aos responsáveis, peço que assumam as suas funções com a seriedade que esta grande instituição exige. Não queremos promessas vazias ou desculpas; queremos ação, responsabilidade e, acima de tudo, liderança.

Marco Serrão