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Receita do imposto do jogo on-line aumenta 27,5% para 82,6 ME no 3.º trimestre

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Foto Shutterstock

A receita do Imposto Especial de Jogo Online (IEJO) aumentou 27,5% no terceiro trimestre, face ao período homólogo, e subiu 7,7%, face ao trimestre anterior, para 82,6 milhões de euros, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO) nota que este valor "representa um contributo relevante" do setor "para a prática de desporto e para o financiamento das federações desportivas em Portugal".

No terceiro trimestre, as receitas brutas mantiveram-se estáveis, tendo aumentado 1,7%, face ao segundo trimestre, para 266,3 milhões de euros. Trata-se de um aumento de cerca de 23,7%, face aos 215,3 milhões de euros alcançados no período homólogo.

"Como é habitual neste período, devido ao calendário futebolístico, as receitas brutas de apostas desportivas caem, neste caso cerca de 12% face ao 2.º trimestre, fixando-se em 91 milhões de euros", refere a APAJO.

Por sua vez, entre julho e setembro, as receitas provenientes dos jogos de fortuna ou azar subiram cerca de 11%, face ao trimestre anterior, para 175 milhões de euros e "muito em linha com o que aconteceu nos anos anteriores", acrescenta.

Estes números resultam da análise ao relatório do terceiro trimestre de 2024 do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), publicado no 'site' daquela entidade.

O presidente da APAJO salienta que estes dados "revelam que os operadores licenciados de jogo online continuam a sua trajetória de crescimento na preferência dos consumidores", algo que aponta como "natural", uma vez que "o estudo anual da APAJO revela que mais de 79% dos jogadores estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a sua plataforma preferencial".

Por outro lado, Ricardo Domingues alerta para o aumento de denúncias ao Ministério Público (MP) por parte do regulador, "o que reforça a necessidade do trabalho de combate ao jogo ilegal que a APAJO tem vindo a realizar, e o caminho que ainda há a fazer para atrair para o mercado licenciado os cerca de 40% de jogadores que ainda apostam em operadores sem licença", refere, na mesma nota.

"Queremos um ambiente de jogo online seguro, a contribuir para a economia do país e não um sistema paralelo que lesa o Estado do ponto de vista tributário", remata, pedindo uma "maior cooperação" entre os diferentes órgãos do Estado no combate ao jogo ilegal.