Porto Santo com orçamento municipal a rondar os 10 milhões de euros
O orçamento municipal para 2025 do Porto Santo conta com um valor de cerca de 10 milhões de euros. A votação, que decorreu na tarde desta segunda-feira, contou com dois pareceres favoráveis do PSD e do CDS, duas abstenções do partido UNE e do deputado independente Hugo Nóbrega e um voto contra do PS.
O autarca, Nuno Batista, aponta que este é maior orçamento apresentado por este executivo, em comparação aos dois últimos anos, e que a sua aprovação deixa-o "muito satisfeito".
“Acho que é um motivo de orgulho para todos. É um trabalho que a câmara usufrui, mas é para a população. Recordo que em 2021 e 2022 apresentamos orçamentos quase inferiores a 5 milhões de euros e o orçamento para 2025 supera os 10 milhões de euros.", disse o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, alertando que este aumento não significa que a edilidade tenha ficado "muito rica".
Não significa que a câmara ficou muito rica, mas sim que há muitos projectos a serem desenvolvidos e implementados na protecção do património, na recuperação das estradas, no apoio social. Nuno Batista, presidente da Câmara Municipal do Porto Santo.
Em declarações ao DIÁRIO, assegura que a população irá ficar "satisfeita" com o trabalho que será desenvolvido. "Tenho a certeza que agora em 2025, com aquilo que vai para o terreno, as pessoas vão ficar muito satisfeitas com o trabalho".
Por outro lado, Carlos Silva, do partido UNE, justifica a sua abstenção na votação da aprovação do orçamento municipal, dizendo que "os porto-santenses esperam e desesperam pela resposta às suas necessidades".
"Apesar dos valores astronómicos do orçamento que aqui apresentam, superior a 10 milhões de euros, os porto-santenses continuam à espera de casas, que as estradas sejam recuperadas, continuam à espera da sua cultura, que o ambiente seja protegido. É um orçamento que não dá respostas", acusa.
Confessa que o UNE não concorda com o orçamento "na sua globalidade".
Hugo Nóbrega, deputado indenpendente, declara que "acrescentava algumas coisas", considerando que "é uma abstenção mas a saber que precisamos de um orçamento e confiante que dialogando podemos fazer melhor, por isso este orçamento passou", indica.
Miguel Brito, do Partido Socialista, acusa o executivo porto-santense de não ter sido capaz de executar todo o trabalho que se comprometeu no início do mandato, afiançando que "não será a menos de 8 meses do final do seu mandato que irá cumprir mais de metade das suas promessas".
"O Partido Socialista tinha de ser coerente com aquela que foi a posição tomada na reunião de câmara, onde nós entendemos que este é um documento que é muito importante e orientador daquilo que são as políticas e as estratégias do partido que venceu as eleições para o mandato de 2021/2025, mas entende que não passa de um role de intenções", disse.
Estamos a menos de um ano do mandato, este documento tem um valor significativo, é o maior orçamento apresentado para o nosso município, mas é também um orçamento que está empolado pela questão do 1.800.000 euros que foi adquirido pela autarquia para asfaltar os 52 quilómetros de estrada do Porto Santo, que tem já a previsão da verba de receita para a taxa turística que ronda os 800/900 mil euros e ainda tem cerca 1.400.000 mil euros relativamente aos projectos do PRR, que se não forem atempadamente postos em prática o município corre o risco de os perder" Miguel Brito, PS.
O valor será alocado para investimento em obras estruturantes, tal como está explanado no documento, nomeadamente 1,85 milhões de euros para asfaltagem de 52 km de vias públicas municipais, a Requalificação do Miradouro das Lombas (mais conhecido pelo Bar Moinho) no valor de 530 mil euros, a Requalificação dos Balneários da Fontinha e da antiga Lota em 350 mil euros, e por fim a requalificação de jardins e espaços verdes no montante de 350 mil euros.