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Um Conto de Natal Político

Dezembro é o mês da magia, dos reencontros e das promessas. Mas este ano, o Natal chegou mais cedo ao Governo Regional, com Miguel Albuquerque a vestir-se de vítima em plena ceia política, ao lamentar publicamente que a não aprovação do Orçamento Regional prejudica os madeirenses. Num espetáculo digno de uma árvore de Natal mal decorada, o Presidente tenta desviar as atenções das verdadeiras razões para este possível desfecho.

O espírito natalício, pautado pela solidariedade e bom senso, parece não habitar na Quinta Vigia. Em vez de dar um presente de Natal aos madeirenses e sair de cena, Albuquerque prefere continuar a roubar o Natal e fingir que não é ele o culpado.

Em vez de procurar soluções em prol da Madeira, Albuquerque escolheu a rota da vitimização, embalado por cânticos de “não me deixam governar”. Mas este coro desafinado não engana ninguém. O verdadeiro presente que os madeirenses e porto-santenses esperavam era um Orçamento que respondesse às suas verdadeiras necessidades, com medidas concretas para a habitação, para a saúde, melhores condições de trabalho, contributos na causa animal e na proteção da natureza, e não um rol de ilusões para inglês ver. Exige-se um Natal para os madeirenses e não para os turistas!

O PAN Madeira não compactua com este espetáculo de circo. Somos uma força política séria e responsável, comprometida com o bem-estar da população. Não somos espectadores passivos de encenações que visam manipular a opinião pública. Ao contrário do que o senhor Presidente possa fazer crer, a nossa postura é clara: trabalhamos para garantir que os interesses dos madeirenses e porto-santenses são respeitados, sem cedermos a pressões ou chantagens emocionais, sejam elas pintadas com tons festivos ou não. E sabemos quando é altura de acabar a festa porque a animação é só de uns e à custa de outros.

A Madeira precisa de um governo que, em vez de se vitimizar, arregace as mangas e procura soluções reais para os desafios que enfrentamos. Miguel Albuquerque deveria refletir sobre o verdadeiro significado desta época e perceber que a política, tal como o Natal, exige entrega, compromisso e, acima de tudo, verdade.

Deixamos um recado claro: o PAN Madeira continuará no caminho da responsabilidade e da transparência. Porque o lado certo é o lado das pessoas e é esse o lado que temos escolhido sempre, doe a quem doer. Neste Natal, que a reflexão prevaleça sobre o teatro e que o presente seja uma Madeira mais justa e sustentável.

Feliz Natal, senhor Presidente, e que o próximo ano lhe traga o bom senso que parece faltar no “sapatinho”.