CH considera que "saída do presidente da Protecção Civil já vem tarde"
O Chega-Madeira considera que a saída de António Nunes da presidência do Serviço Regional de Protecção Civil confirma os alertas do partido, que afiança que "a gestão dos incêndios de agosto foi marcada pela incompetência, descoordenação e falta de transparência". "A sua permanência até janeiro é incompreensível, dado o seu papel central numa crise mal gerida que afetou gravemente a Região", assume Miguel Castro.
Numa nota à imprensa, o líder do CH-Madeira afirma que as audições na Comissão Parlamentar de Inquérito trouxeram à luz uma gestão caótica, evidenciada pelas contradições entre os responsáveis. "O presidente da Protecção Civil declarou que o relatório de avaliação dos incêndios já estava concluído, enquanto o secretário regional da Saúde e Protecção Civil, em declarações anteriores, afirmou o contrário. Esta discrepância reflecte a total desorganização de uma estrutura que deveria priorizar a segurança e a confiança dos madeirenses", critica Miguel Castro.
A saída do presidente da Protecção Civil já deveria ter ocorrido. Mantê-lo até ao fim do contrato é um insulto aos madeirenses que foram vítimas da má gestão dos incêndios. As suas declarações contraditórias e a incapacidade de coordenar a resposta a uma catástrofe desta dimensão tornaram insustentável a sua permanência. Miguel Castro
O partido considera que a saída de António Nunes deve apenas ser o início de uma reforma estrutural, pois "é necessário apurar responsabilidades a todos os níveis e garantir que falhas desta gravidade não se repitam".
“A incompetência e a falta de transparência não podem continuar a ser a norma. Esta saída é uma prova de que a pressão do CH e dos madeirenses começa a surtir efeito. Mas não nos iludimos: esta limpeza tem de continuar. A Madeira merece lideranças responsáveis e preparadas para proteger o seu povo,” concluiu Miguel Castro.