Uma alternativa a Albuquerque
1. Há, teoricamente, alternativas a Miguel Albuquerque. Um, Paulo Cafôfo. Outro, Manuel António. Mas nenhum deles tem a coerência ou a resiliência política de Miguel Albuquerque.
2. De facto, em coerência política com o que vem exigindo a Albuquerque, Cafôfo não pode ser candidato a Presidente do Governo.
3. Já Manuel António ter-se-ia demitido se, sendo presidente, fosse atingido pelo caso de que veio a ser absolvido. Mais ainda: se, no futuro, viesse a ser confrontado com uma parangona de um caso, ainda que fosse falso, tropeçava de novo na mesma pedra.
4. As instituições autonómicas, o Estado de Direito, a Democracia não resistirão às fake news com que o populismo pretende dar cabo da Democracia liberal, que é o esteio do projeto europeu e sem a qual a Europa ficará entalada entre Trump e Putin.
5. Nestes tempos precisamos de políticos que garantam a resiliência de que a Democracia carece para sobreviver. O Porto teve Rui Moreira. A menos que o PS realize primárias, não é o seu atual líder nem aquele que pretende ser o challenger do atual presidente do PSD.
6. Tudo visto e revisto, a melhor alternativa é a que garante a resiliência à derrocada da Autonomia e da Democracia erguida com base na separação dos 3 poderes nascida da Revolução de 1789.
7. Em síntese: aqui e agora, a alternativa a Miguel Albuquerque é o próprio Albuquerque.
Miguel Fonseca