Sindicato mantém greve na hotelaria entre 30 de Dezembro e 1 de Janeiro na Madeira
A greve do sector de Hotelaria na Madeira vai mesmo avançar. A garantia foi deixada hoje por Adolfo Freitas, do Sindicato de Hotelaria da Madeira, apelando à participação dos trabalhadores e remetendo responsabilidades sobre as consequências desta paralisação para os patrões.
A greve começa às 00 horas do dia 30 de Dezembro e termina pelas 24 horas de 1 de Janeiro, num dos períodos de maior procura por hotéis na Região. O sindicalista afiança que apesar da greve já ter sido anunciada a 17 deste mês, o sindicato sempre esteve disposto a negociar com os patrões.
"A expectactiva era de que fosse um ano fácil para negociar", assumiu Adolfo Freitas em declarações ao DIÁRIO e à TSF-Madeira, referindo-se ao aumento dos proveitos deste sector. O sindicalista explicou que a proposta da ACIF, de um aumento de 5,5% com um mínimo de 53 euros. "Quer dizer que a partir de Janeiro, uma grande maioria de trabalhadores que tem um salário de 862 euros, passaria a ganhar 915 euros", indica, acrescentando que este é "um cumprimento de uma indicação legal".
Por considerar que se tratam de "aumentos miseráveis", a greve vai mesmo avançar. A concentração dos trabalhadores, que não têm de avisar as chefias sobre a sua adesão, está marcada para as 11 horas do dia 30 de Janeiro, junto ao Casino da Madeira. Tudo indica que se deverá seguir uma arruada rumo à Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura.
Questionado sobre as consequências desta paralisação, indica que "os hotéis não estão preocupados", caso contrário teriam ouvido os trabalhadores. "Qualquer prejuízo é da responsabilidade das entidades patronais", aponta Adolfo Freitas. O sindicalista avança também que há relatos de alguns trabalhadores que estão a sofrer pressão para não aderir à greve e outros a quem está a ser oferecido um bónus caso não adira à paralisação.