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Chavismo convoca "grandes marchas" para assinalar posse do Presidente

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O movimento chavismo convocou hoje os militantes para "grandes marchas" em Caracas e cinco regiões da Venezuela, para o dia 10 de janeiro, quando o Presidente venezuelano Nicolás Maduro for empossado para um terceiro mandato consecutivo.

Nicolás Maduro foi proclamado vencedor das eleições de julho pelo órgão eleitoral e insiste que irá ao parlamento para ser empossado como chefe de Estado para um terceiro mandato consecutivo.

Nesse dia, o chavismo pretende "encher" uma dúzia de avenidas em Caracas e marchar nos estados de Zulia, Táchira, Apure e Amazonas, todos fronteiriços com a Colômbia, assim como na região insular de Nueva Esparta, de acordo com Nahum Fernández, vice-presidente de mobilização e eventos do Partido Socialista Unido (PSUV), no poder, numa conferência de imprensa transmitida pelo canal estatal VTV.

"No dia 10, juro com Maduro", disse o também chefe de governo de Caracas, que garantiu que haverá "grandes marchas" em apoio ao Presidente, que, segundo ele, obteve uma "grande vitória" nas eleições de 28 de julho, cujos resultados ainda não são conhecidos em detalhe, embora a sua publicação tenha sido estabelecida no cronograma oficial.

Na opinião de Nahum Fernández, a "ultradireita" e a comunidade internacional "têm de entender" que será uma "grande celebração" a "vitória" do líder chavista no meio a um "bloqueio" e "medidas coercitivas".

O responsável disse que as manifestações fazem parte de uma agenda que inclui atividades culturais, desportivas e religiosas na capital durante todo o próximo mês e até 4 de fevereiro, altura em que se comemorará o 33.º aniversário do golpe de Estado falhado em 1992, liderado pelo então tenente-coronel Hugo Chávez.

A agenda, apelidada de "Janeiro da Vitória 2025", inclui celebrações do Dia de Reis, uma maratona de 21 quilómetros, desfiles, cortejos, ou concertos, e a realização de outro "congresso internacional antifascista" a 8 e 9 de fevereiro, segundo as autoridades locais.

Entretanto, a maior coligação da oposição - a Plataforma Democrática Unida (PUD) - reclama a vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia, de acordo com 83,5% dos resultados que diz ter recolhido junto de testemunhas e membros das mesas de voto, documentos que o governo considera falsos.

O líder da oposição, que se encontra asilado em Espanha, tem insistido que regressará a Caracas para tomar posse como chefe de Estado.