Hotelaria propõe aumento de 5,5% aos trabalhadores
Reunião realizada pela ACIF com empresários chegou a um aumento acima da inflação
Os empresários da Hotelaria da Madeira propuseram um aumento salarial médio de 5,5% para os trabalhadores em 2025.
A decisão saiu da reunião realizada na ACIF-CCIM esta tarde e abrange todos os trabalhadores do sector, inclusive com a ressalva que aqueles cujo salário não significaria um aumento de 5,5% terão, no mínimo, uma valorização salarial de 50 euros.
A proposta já foi comunicada ao Sindicato da Hotelaria que, devido ao desencontro de propostas (53 euros da ACIF e 75 euros do sindicato), tinha comunicado uma greve para os dias 30 e 31 de Dezembro e 1 de Janeiro.
De acordo com Eric Schumann, presidente da Mesa de Hotelaria da ACIF, os empresários entendem que é "um aumento bastante robusto", uma vez que significará um aumento de 3% do poder de compra". E salienta: "Acho que nenhuma indústria, nenhum setor tem isso. Lembro que, por exemplo, do ano 2022 para 2023, a receita da Hotelaria aumentou 22% e a massa salarial acompanhou a 100%, também aumentou de 22%."
E acrescenta: "Quer dizer que não é só os patrões que ganham, todos participam nos lucros. E vai continuar a ser a mesma coisa. Só nós temos 5,5%, é o maior aumento de todos os sectores. E está acima do aumento que a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (SITESE) fecharam para o continente, que é de 4,7%."
Eric Schumann garante ainda que, "porque temos que dar um aumento porcentual e não só em euros, aqueles que com 5,5% não atinjam os 53 euros, é que vão receber os 50 euros garantidos".
O Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Alimentação, Serviços e Similares da RAM tem uma conferência de imprensa agendada para amanhã à tarde, onde será anunciada a decisão de manter a greve ou cancelá-la.