ADN considera um "contrassenso grave" o facto de existir tanta falta de mão-de-obra na RAM
Num comunicado enviado, o partido ADN – Alternativa Democrática Nacional - considera um "contrassenso grave o facto de existir tanta falta de mão de obra nas empresas da RAM, principalmente em serviços de atendimento ao público, quando segundo os dados tornados públicos hoje pelo matutino Diário de Noticias da Madeira, é revelado um "máximo histórico" de desempregados inscritos e remunerados pela Segurança Social, em que no mês passado (Novembro), existiam 3.146 pessoas auferindo uma média mensal de 593,12€ de subsídio de desemprego".
"Muitas empresas na RAM tiveram de encerrar as portas devido à falta de mão de obra, outras ponderam fazê-lo, razão pela qual o ADN - Madeira considera imoral que a Segurança Social mantenha estas milhares de pessoas vivendo de subsidio de desemprego, "apenas" porque muitas delas recusam receber o salário mínimo (actualmente) de 850€ e optem por ficar em casa ou nas esplanadas todo o dia auferindo um vencimento resultante do suor daqueles que todos os dias saem de casa para trabalhar e descontam para essa mesma Segurança Social", refere o comunicado.
O ADN - Madeira diz ser "contra este tipo de injustiça social e exige medidas por parte do Instituto de Emprego de forma a que esta realidade não seja tão evidente, pois é urgente maior fiscalização sobre os reais motivos pelos quais estes milhares de desempregados não conseguem ser aceites nas empresas, pois é do conhecimento público que alguns deles, aquando da entrevista de trabalho pedem para não serem admitidos, porque preferem receber o respectivo subsídio sem nada fazerem, sendo que em alguns casos até ameaçam o empregador de sabotagem, caso sejam aceites para trabalhar".
O ADN - Madeira considera urgente maior rigor no controlo dessas entrevistas de trabalho, nem que seja limitando a continuidade do pagamento do subsídio de desemprego ao fim de duas ou três recusas injustificadas, assim como apelamos aos empresários que façam denuncia perante o Instituto de Emprego daqueles que simplesmente se recusam a trabalhar, pois esta situação é inadmissível e tem de ser controlada. ADN