CDS-PP apoia política de segurança do Governo
O líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, afirmou hoje que os centristas revêm-se e apoiam a política de segurança do Governo e considerou que as críticas da esquerda à operação no Martim Moniz "não fazem qualquer sentido".
Numa reação à mensagem de Natal do primeiro-ministro, Luís Montenegro, na sede nacional dos centristas, em Lisboa, que integram o Governo minoritário com o PSD, Paulo Núncio defendeu que várias das políticas às quais o chefe do executivo fez referência "correspondem a causas pelas quais o CDS se tem batido nos últimos anos".
Entre essas causas está a política de segurança do Governo, na qual o partido se revê e apoia, considerando que as críticas dos partidos de esquerda à operação da PSP no Martim Moniz, em Lisboa, "não fazem qualquer sentido".
"A polícia fez o seu trabalho e tem todo o apoio do CDS e do Governo na sua capacidade. Os portugueses podem confiar na polícia para garantir a segurança e para garantir o combate à criminalidade violenta. O CDS defende mais policiamento, defende maior visibilidade, mais polícias na rua e mais operações especiais de prevenção da criminalidade como esta, respeitando sempre as leis e as regras próprias de um Estado de direito democrático", afirmou.
Paulo Núncio considerou ainda que Luís Montenegro "fez muito bem em colocar a questão da segurança na sua mensagem de Natal, porque a segurança é um direito fundamental dos cidadãos e a polícia tem a obrigação de defender e assegurar este direito fundamental dos cidadãos".
"Só o Comando Metropolitano de Lisboa realizou mais de 90 operações especiais de prevenção da criminalidade só durante o ano de 2024", salientou.
Saudando a mensagem do primeiro-ministro, o líder parlamentar do CDS-PP defendeu que este Governo "tem adotado um conjunto de medidas nos últimos nove meses que, em muitos casos, fizeram mais pelo Estado Social do que o PS nos últimos oito anos".
Interrogado sobre as críticas dos partidos da oposição, nomeadamente à esquerda, que acusaram o líder do executivo de ter proferido uma mensagem de Natal que não corresponde à realidade dos portugueses, o também vice-presidente do CDS-PP desvalorizou.
"É normal. A esquerda deixou o país em situação de caos social e, por isso, tem dificuldade em perceber um Governo capaz de tomar decisões, que não tem medo de tomar decisões e que tem invertido um conjunto de políticas que levaram o país para a situação muito negativa em que nós o encontrámos depois de ganhar as eleições", respondeu.
Paulo Núncio salientou que o primeiro-ministro referiu, na sua mensagem ao país, "que uma das funções principais e prioridades essenciais deste Governo é salvar o Estado Social do caos que foi herdado por parte dos governos do Partido Socialista".
O centrista elogiou a redução de impostos, o aumento de salários e pensões, "tudo com responsabilidade orçamental", e a maior "regulação na imigração".
"Consideramos que o Governo está a governar bem e consideramos mesmo que estas políticas já estão a dar resultados. As pessoas já começam a sentir melhorias na sua vida, no seu dia-a-dia e, nesse sentido, nós saudamos não só a mensagem de Natal, mas também as políticas que têm sido seguidas por este Governo", rematou.
Na quarta-feira, Luís Montenegro defendeu que 2024 foi "um ano de viragem e de mudança" e assegurou que a "nova política de baixar os impostos e valorizar os salários e as pensões" está a ser realizada "com rigor e equilíbrio orçamental".
Na sua primeira mensagem de Natal enquanto primeiro-ministro, Luís Montenegro incluiu nas prioridades para o futuro a promoção de uma "imigração regulada" e o combate à criminalidade -- sem ligar os dois temas -, a par do reforço dos serviços de saúde, educação, transportes e da execução do "maior investimento em habitação pública desde os anos 90".