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Autoridades declaram recolher obrigatório em Homs após manifestações

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Foto DR

As autoridades sírias declararam o recolher obrigatório em Homs, entre o final da tarde e o início da manhã de quinta-feira, para tentar conter os efeitos de manifestações da minoria alauita em várias cidades do país.

Uma ONG e testemunhas relataram manifestações de larga escala da minoria alauita em várias cidades da Síria, incluindo na grande cidade de Homs, após a divulgação de um vídeo nas redes sociais que mostra um ataque a um dos seus santuários.

Três testemunhas entrevistadas pela agência francesa France Presse (AFP) relataram manifestações nas cidades costeiras de Tartous, Jableh e Latakia, no oeste da Síria, onde a comunidade alauita está muito implantada e de onde provém o Presidente deposto, Bashar al-Assad.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) confirmou manifestações semelhantes em Banias e Homs -- a grande cidade central onde a polícia declarou o recolher obrigatório das 18:00 (15:00 de Portugal continental) locais às 08:00 locais (05:00 de Portugal continental) de quinta-feira, de acordo com a agência oficial Sana.

As autoridades sírias garantem que o vídeo de um ataque a um santuário alauita -- que está na origem das manifestações que eclodiram hoje em várias cidades - era antigo e datava da "libertação de Alepo" por fações islâmicas armadas no início de dezembro.

"O objetivo de voltar a fazer circular estas imagens é o de semear a discórdia entre o povo sírio (...) num momento delicado que a Síria atravessa", comentou o Ministério do Interior, em comunicado, acusando "grupos desconhecidos" de estarem por trás do ataque ao santuário alauita.