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Portugal tem imagem de segurança para o exterior que deve ser preservada

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Foto Pedro Correia / Global Imagens

O vice-presidente do PSD Carlos Coelho afirmou hoje que Portugal tem um "património de imagem de segurança" no exterior que deve ser preservado e rejeitou que o partido decida operações policiais.

Numa reação à mensagem de Natal do primeiro-ministro e líder do PSD, Carlos Coelho elogiou o discurso de Luís Montenegro e destacou o seu discurso "de esperança no futuro próximo".

"Portugal tem relativamente a outros países um património de imagem de segurança que nós temos que preservar, temos que respeitar e temos que manter", afirmou Carlos Coelho, respondendo a questões dos jornalistas sobre a polémica operação policial no Martim Moniz, acusada por vários setores de ser uma ação ao serviço do principal partido do governo.

"Portugal é um Estado de direito democrático. Não são os partidos e nem sequer é o governo que decide quando são necessárias operações de natureza policial, são as forças de segurança face às análises de risco e aos dados que têm", disse Carlos Coelho.

A operação policial da semana passada visou a fiscalização da rua do Benformoso, em Lisboa, onde há muitos imigrantes e o Chega já veio afirmar que o governo está a seguir política que o partido defende.

Contudo, para Carlos Coelho, "os partidos da oposição fazem sempre uma crítica que toca o 8 e o 80" em relação ao governo: "ou criticam tudo ou dizem que está a seguir a sua política".

Sobre a mensagem de Luís Montenegro, Carlos Coelho destacou que o discurso de Natal "reflete aquilo que o Governo tem feito, com particular destaque para a aprovação do Orçamento de Estado, que é o primeiro em muitos anos que não tem aumento de impostos".

Trata-se, afirmou, de "uma declaração que, em vez de olhar para o passado, olha para o futuro com uma mensagem de esperança".

Nos votos para o próximo ano, Carlos Coelho destaca as promessas de "melhoria dos serviços de saúde e dos serviços de educação, imigração regulada, mobilidade verdade e melhores transportes públicos e o maior investimento em habitação pública desde há muitos anos".

Hoje, Luís Montenegro defendeu que 2024 foi "um ano de viragem e de mudança" e assegurou que a "nova política de baixar os impostos e valorizar os salários e as pensões" está a ser realizada "com rigor e equilíbrio orçamental".

Na sua primeira mensagem de Natal enquanto primeiro-ministro, Luís Montenegro inclui nas prioridades para o futuro a promoção de uma "imigração regulada" e o combate à criminalidade -- sem ligar os dois temas -, a par do reforço dos serviços de saúde, educação, transportes e da execução do "maior investimento em habitação pública desde os anos 90".

O primeiro-ministro assegurou que Portugal "é um referencial de estabilidade e um país de oportunidades" num "mundo em convulsão" e "numa Europa apreensiva com a estagnação da Alemanha e o défice e o endividamento da França".

Melhorar os transportes públicos e executar "o maior investimento em habitação pública" desde os anos 90 foram outras das promessas, numa mensagem em que também se refere às políticas de imigração e de segurança.

"Vamos promover uma imigração regulada para acolher com dignidade e humanismo aqueles que escolherem viver e trabalhar no nosso país", referiu Montenegro.