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A Guerra Mundo

Tribunal russo condena homem a 22 anos de prisão por sabotagem ferroviária em nome da Ucrânia

ANSA/EPA
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Um tribunal militar russo anunciou hoje ter condenado a 22 anos de prisão um homem acusado de, alegadamente, ter sabotado uma linha ferroviária em 2023 na Crimeia, península anexada pela Rússia há dez anos, em nome da Ucrânia.

Pavel Levtchenko foi acusado de ter provocado "duas explosões durante a passagem de comboios de mercadorias", declarou o Tribunal Militar do Distrito Sul, num comunicado.

O tribunal, com sede em Rostov-on-Don, no sudoeste da Rússia, afirmou que Levtchenko planeava novas sabotagens e que estava a agir sob ordens da Ucrânia.

Segundo o tribunal, Levtchenko foi recrutado e treinado pelos serviços de segurança ucranianos (SBU), tendo depois sido enviado para a Crimeia para cometer "atos de terrorismo".

A Rússia anexou esta península ucraniana em 2014.

Pavel Levchenko foi considerado culpado e condenado a 22 anos de prisão, segundo o tribunal.

Desde 2022, as autoridades russas têm vindo a aumentar o número de detenções sob a acusação de "espionagem", "traição", "sabotagem", "extremismo" e "descrédito do exército", resultando frequentemente em penas de prisão muito pesadas.

Mas os julgamentos são frequentemente realizados à porta fechada e são poucos os pormenores dos casos tornados públicos.

Desde fevereiro de 2022, milhares de pessoas foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição ao conflito.