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Morrem 16 combatentes curdos em confrontos com forças pró-turcas

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As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança armada liderada por curdos, anunciaram hoje a morte de 16 de seus combatentes nos confrontos que ocorrem há duas semanas no nordeste da Síria contra fações armadas pró-turcas.

Em comunicado, as forças curdas afirmam que os 16 combatentes foram mortos "enquanto resistiam aos ataques da ocupação turca e dos seus mercenários em diferentes zonas do leste e nordeste da Síria".

As FDS afirmaram que os seus combatentes "frustraram os ataques da ocupação turca e dos seus mercenários, em defesa do seu povo e da sua segurança", sem dar mais pormenores.

A aliança, que inclui também árabes e assírios, tinha anunciado, noutras declarações, a morte, durante a noite, de cinco combatentes "mercenários", referindo-se a membros de fações sírias pró-turcas que tentam expulsar as FDS das áreas que controlam no leste e nordeste da Síria.

Os combates nesta zona intensificaram-se após o derrube do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, em 08 de dezembro, por uma coligação de insurgentes liderada pela Organização Islâmica de Libertação do Levante (HTS) e que inclui fações treinadas e financiadas pela Turquia.

Após o derrube do regime de Al-Assad, grupos pró-turcos lançaram uma ofensiva contra as regiões controladas pelas FDS, apoiadas pelos Estados Unidos devido ao seu trabalho contra a organização terrorista Estado Islâmico no leste da Síria.

A Turquia, vizinha do norte da Síria, insiste em erradicar as FDS, já que o seu principal componente são as Unidades de Proteção Popular Curda (YPG), que Ancara considera uma ramificação da guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que classifica como um grupo terrorista.

Hoje, o exército norte-americano anunciou a morte de dois alegados membros do grupo extremista Estado Islâmico num atentado bombista perpetrado na segunda-feira contra um camião na província de Deir Ezzor, situada no leste da Síria.

"O bombardeamento teve lugar numa zona anteriormente controlada pelo regime sírio e pelos russos", anunciou, em comunicado, o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom).

A queda do regime de Bashar al-Assad suscitou o receio de um possível ressurgimento do grupo jihadista Estado Islâmico, que poderia explorar os vazios de segurança após o colapso das forças governamentais.

A este respeito, as Forças Democráticas da Síria também alertaram para o facto de a ofensiva rebelde contra as suas posições nas zonas administradas pelos curdos poder enfraquecer as operações contra o grupo Estado Islâmico.