Sou mais um!
Sou mais um! Que aguarda a toma das injecções para atenuar os efeitos da doença de crohn.
Infelizmente não sou só eu a enfrentar as consequência de um sistema de saúde regional onde os seus responsáveis insistem em dizer que não há problemas de maior.
O secretário regional da saúde insiste em assobiar para o lado, enquanto a realidade é bem diferente. O não pagamento atempado das facturas aos fornecedores é um problema grave, com consequências devastadoras na qualidade da saúde dos utentes. Os medicamentos deveriam estar disponíveis, quando não estão, levam à suspensão dos tratamentos que, em muitos casos, tem implicações potencialmente fatais.
O não pagamento das facturas aos fornecedores cria um ciclo vicioso: leva ao agravamento das condições de saúde dos pacientes, à perda de confiança no sistema, e, em última análise, leva ao desgaste da reputação do próprio hospital.
Este cenário caótico não é apenas um problema logístico; é uma questão de vida ou de morte para muitos de nós.
A falta de medicamentos põe directamente em causa a qualidade do atendimento e pode ter consequências graves:
- Aumento da mortalidade entre os pacientes em estado grave ou com doenças crónicas;
- Desconfiança crescente por parte da população, que muitas das vezes leva à procura de alternativas não seguras ou ao abandono dos tratamentos;
- Escalada de custos no hospital, que tem de adquirir medicamentos a preços inflacionados.
A eficácia do sistema de saúde e a saúde dos pacientes dependem da disponibilidade contínua e adequada dos medicamentos, sendo uma obrigação moral e institucional dos seus responsáveis.
Nós, utentes que dependemos deste sistema, exigimos mais acção em vez do show off. É chegada a hora de os responsáveis encararem a realidade e encontrarem soluções eficazes para proteger a saúde e a dignidade de quem está a lutar para viver.
A saúde da população deve ser uma prioridade absoluta.
Carlos Oliveira