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Portugal formou primeiro técnico guineense em tanatologia

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Foto Embaixada de Portugal em Guiné Bissau

O primeiro técnico guineense em tanatologia foi formado pelo Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses de Portugal, anunciou hoje em Bissau, o embaixador português, Miguel Cruz Silvestre.

O diplomata português efetuou hoje uma visita de trabalho às instalações da Polícia Judiciária (PJ) guineense, à convite do diretor da corporação, Domingos Correia, ao lado do qual fez, para os jornalistas, um pequeno balanço do que foi feito em 2024 e perspetivou ações para o próximo ano.

O diretor da PJ guineense afirmou que a sua instituição considera a cooperação com Portugal "de estratégica e tradicional" ao abrigo da qual disse existirem "resultados expressivos".

Um dos exemplos, precisou o embaixador de Portugal, é o facto de o primeiro quadro da Guiné-Bissau formado em tanatologia ser formado em Lisboa e brevemente o país africano contar com um laboratório de autópsias, também como o apoio português.

A tanatologia é o exame para definir o tempo, a causa e o local de uma morte considerada criminosa.

"A breve trecho haverá a inauguração, ainda este ano de 2024, aqui na Guiné-Bissau, do laboratório de autópsias criminais. O primeiro elemento formado em tanatologia da Guiné-Bissau foi formado pelo Instituto de Medicina Legal e Ciências forenses de Portugal", notou o embaixador português.

Miguel Silvestre apontou estes e outros dados como prova do "reforço da cooperação" entre Portugal e a PJ guineense, a qual tem dado apoios no âmbito do processo de reformas em curso.

O diplomata destacou o "trabalho paulatino e silencioso", mas com "resultados tangíveis" que a cooperação com Portugal tem trazido à polícia guineense, nomeadamente nos domínios de reforço das capacidades humanas e científicas.

Miguel Silvestre lembrou a recente participação de Portugal no processo de seleção de 90 novos agentes, atualmente em formação, através de um júri internacional de um concurso lançado pelas autoridades guineenses.

O diretor da PJ guineense defendeu que os novos agentes vão permitir a corporação ter, pela primeira vez, delegacias no interior do país.

Portugal vai ainda apoiar a PJ guineense no âmbito da presidência do país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que deverá acontecer a partir dos meados de 2025, disse o embaixador Miguel Silvestre.

O diretor da PJ guineense notou que além de apoios de Portugal à corporação no combate ao tráfico de estupefacientes, corrupção e ao branqueamento de capitais, as novas perspetivas de capacitação deverão incidir nos domínios da criminalística, medicina legal e serviços da toxicologia.