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A Guerra País

IL, Livre e PAN condenam ataque russo à Embaixada de Portugal em Kiev e pedem resposta da UE

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Foto Rede Social X

A IL, o Livre e o PAN condenaram hoje o ataque russo que que danificou o edifício da embaixada de Portugal em Kiev, manifestando solidariedade com os diplomatas portugueses e pedindo um reforço da resposta da União Europeia.

Numa conferência de imprensa num lanche com jornalistas num café em Lisboa, o presidente da IL, Rui Rocha, condenou o ataque considerando-o "absolutamente inaceitável" e resultante de uma "ação deliberada" por parte da Rússia e disse que esta ação foi mais uma "violação intolerável do direito internacional".

Por isso, adiantou o líder dos liberais, o partido fará dar entrada no parlamento um voto de condenação e estará ao lado do Governo português "em todas as ações" que o executivo entenda tomar em resposta a este ataque.

"É importante que haja uma reação assertiva a este tipo de agressões. (...) Este é mais um dado que leva quer Portugal, quer a União Europeia a reforçar o apoio à Ucrânia e a discutir sanções ao nível diplomático com a Rússia", sublinhou Rui Rocha.

Ao início da tarde no parlamento, o porta-voz do Livre Rui Tavares sublinhou o trabalho dos diplomatas portugueses que "têm feito um trabalho de enorme abnegação desde o início da guerra" na capital ucraniana.

Rui Tavares condenou "qualquer ataque russo na Ucrânia, mas ainda mais" os que envolvem países terceiros, considerando que esse é o tipo de ofensiva que "significa uma escalada nesta guerra".

"A posição do Livre é muito clara, é do lado da União Europeia, do lado da unidade do próprio continente europeu, pela autodeterminação e pela soberania dos Estados que existem na União Europeia, sem violações por parte de projetos imperialistas como o de Putin"; disse.

A porta-voz do PAN Inês de Sousa Real expressou também no parlamento a solidariedade do partido "não só a todos os diplomatas, mas também a todos os cidadãos da Ucrânia e aos deslocados no nosso país".

Sousa Real sublinhou a necessidade de uma resposta europeia para o restabelecimento da paz e apelou a que a União Europeia seja capaz de reforçar a sua autonomia energética e económica.

A UE, disse, deve deixar "bastante claro a Vladimir Putin que claramente as medidas até de sanções económicas e trocas comerciais com os Estados Membros da União Europeia não terão lugar, continuando nesta senda que tem continuado a devastar o território ucraniano e agora também a atingir as embaixadas de países da União Europeia", disse.

Seis missões diplomáticas, entre elas a de Portugal, foram danificadas pelos ataques russos que atingiram hoje de manhã um bairro nobre do centro de Kiev, afirmaram diplomatas ucranianos.

Além da de Portugal, foram atingidas as missões diplomáticas da Albânia, Argentina, Autoridade Palestiniana, Macedónia do Norte e do Montenegro, divulgou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano numa mensagem.