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Pentágono diz que duplicou número de tropas para combater Estado Islâmico antes da queda de Assad

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Os Estados Unidos mais que duplicaram o número de forças na Síria para combater o grupo Estado Islâmico antes do derrube do governo do Presidente Bashar al-Assad, informou hoje o Pentágono.

Os EUA disseram anteriormente que 900 soldados estavam na Síria, mas o major-general Patrick Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, anunciou que 2.000 estavam lá e já estavam há algum tempo.

Aos repórteres, Patrick Ryder disse que o aumento das forças era temporário e que elas estão lá para aumentar as operações dos EUA contra o Estado Islâmico.

O Pentágono tem sido questionado repetidamente nos últimos dias e semanas sobre a presença dos EUA na Síria e nunca revelou o aumento dramático.

As forças rebeldes derrubaram Assad há duas semanas.

 Nos dias que se seguiram, Israel e a Turquia lançaram operações militares dentro das fronteiras da Síria, incluindo ataques aéreos de Telavive contra instalações de armamento no leste que pertenciam ao regime de Assad e a ofensiva da Turquia no nordeste contra as forças curdas, que se associaram aos EUA na luta contra o Estado Islâmico.

Também hoje os Estados Unidos alertaram o grupo jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS), que liderou a ofensiva que derrubou o regime de Bashar al-Assad, na Síria, para aprender a "lição" de isolamento a que os talibãs afegãos.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, lembrou que os talibãs, após terem tomado o poder no Afeganistão em agosto de 2021, ficaram internacionalmente isolados depois de aplicarem medidas extremistas contra a sociedade, sobretudo em relação às mulheres, e pela limitação de direitos.

Blinken, que confirmou durante um evento organizado pelo 'think tank' Council of Foreign Relations que Washington está em contacto com o HTS e com outros grupos na Síria, sublinhou que a formação "deve ter em conta" a situação das autoridades impostas pelos talibãs. 

"Há uma lição a tirar. Os talibãs projetaram uma face mais moderada, ou pelo menos tentaram fazê-lo, quando assumiram o controlo do Afeganistão. Mas, depois, foi possível ver a sua verdadeira face. O resultado é que continuam terrivelmente isolados em todo o mundo", afirmou.

"Se somos um grupo emergente na Síria, não queremos esse tipo de isolamento, por isso há certas coisas que temos de fazer para avançar o país e garantir que o fazemos de forma inclusiva e não sectária, protegendo as minorias e enfrentando os desafios de segurança, quer se trate de armas químicas ou de grupos como o Estado Islâmico", acrescentou Blinken.