JPP recusa reuniões fechadas e solicita presença de Albuquerque “olhos nos olhos”
O secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP) respondeu esta segunda-feira ao repto lançado por Jorge Carvalho, acerca da discussão prévia do Orçamento da Região para 2025.
“Tal como nós contrapropusemos em iniciativas semelhantes”, recorda Élvio Sousa, dizendo que “é imperativo que essa reunião seja liderada por Miguel Albuquerque, na presença do Grupo Parlamentar e da Comissão Politica do JPP”.
Diz ainda que "qualquer reunião com o partido liderado por Élvio fica exclusivamente dependente da presença de Miguel Albuquerque nesse encontro”. O secretário-geral e líder parlamentar do JPP considera que sem essa condição não há razões para alterar aquela que foi a posição do partido quando o Governo Regional lançou o mesmo repto, em Junho deste ano, para o Orçamento de 2024.
Élvio Sousa reage assim à notícia que dá conta da disponibilidade do Governo Regional para se reunir com os vários partidos, a fim de “negociar a aprovação do Orçamento para 2025”, reuniões que deverão acontecer terça e quarta-feira na Assembleia Regional.
O dirigente partidário faz, contudo, notar que “esta súbita preocupação” do Governo Regional surge depois de Miguel Albuquerque ter andado uma semana “a dizer cobras e lagartos dos partidos, a maldizer todos os dias sobre a capacidade técnica e sobre os recursos humanos do JPP, não revela nunca nenhum sentido institucional e de respeito pelas opções partidárias diferentes do eleitorado, não tem senso diplomático nem abertura para o diálogo, mas vem agora sugerir reuniões e, mesmo assim, não esboça um sinal de respeito pelas liderança partidárias, como fez o seu líder a nível nacional, Luís Montenegro, que esteve presente nas reuniões partidárias sobre o Orçamento de Estado”.
O partido recusa “reuniões secretas e nas costas do povo” e, a existirem, “serão lideradas por Albuquerque, na presença da Comissão Politica do JPP e do Grupo Parlamentar”, sublinha. “Isto é ter sentido de Estado, responsabilidade e compromisso entre o eleitor e o eleito.”
Élvio Sousa discorda ainda do momento escolhido para os encontros, “praticamente em cima da data agendada para o início da discussão no Parlamento”, e entende, também, ter havido “falta de lisura ao não ser formulado um convite direto aos partidos, mas dando primazia a notícias de jornal”.