Autoridades sírias querem retirar civis curdos da região de Alepo
O líder da aliança liderada pelas Forças Democráticas Sírias (FSD), Mazloum Abdi, afirmou hoje que os seus combatentes estão a tentar, sem sucesso, retirar a população de Alepo através de um corredor que controlam.
"Estamos a trabalhar ativamente com todas as partes relevantes na Síria para garantir a segurança do nosso povo e facilitar a sua transferência segura da região de Tal Rifaat e Al Shahba para as nossas áreas seguras no nordeste do país", disse o líder curdo sírio.
Uma coligação de grupos rebeldes liderados pelos islamitas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), o antigo ramo sírio da organização terrorista al-Qaida, lançou na quarta-feira uma ofensiva relâmpago no norte da Síria e tomou controlo da maior parte de Alepo, a segunda maior cidade do país, e de várias outras cidades, nomeadamente na província de Hama.
As fações islâmicas, lideradas pela Organização de Libertação do Levante, a antiga Frente Nusra, uma antiga afiliada da Al Qaeda, e outros grupos pró-Turquia, conseguiram expulsar o Exército de Al Assad de grande parte da cidade de Alepo e de outras zonas do nordeste da Síria.
"Confrontados com o colapso e a retirada do exército sírio e dos seus aliados, intervimos para abrir um corredor humanitário entre as nossas regiões orientais, Alepo e a região de Tal Rifaat para proteger o nosso povo dos massacres", disse o líder do FSD na mensagem divulgada na rede social X em que acusa novamente a Turquia de apoiar a ofensiva dos islamistas.
A ofensiva lançada pelos rebeldes 'jihadistas' no norte da Síria fez pelo menos 412 mortos, incluindo 61 civis, de acordo com um balanço fornecido por uma organização não-governamental (ONG).