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Finalmente fez-se história no parlamento regional

Sem dúvida nenhuma que no dia 17 de Dezembro de 2024, se fez história na Assembleia Legislativa da Madeira: O Governo Regional caiu pelo facto de ter sido aprovada uma moção de censura ao Governo Regional. Curiosamente só dois partidos é que não votaram a seu favor, O PPD e o CDS, partidos que apoiavam o Governo Regional. O primeiro porque é governo e o segundo porque fez um acordo Parlamentar, com a oferta de uns tachos pelo meio.

Pensamos que a Assembleia Regional da Madeira é o único parlamento do mundo cujo presidente se “vendeu” ao poder e é também, em simultâneo o líder regional de um partido, José Manuel Rodrigues, que jurou fidelidade a Miguel Albuquerque em troca do seu tacho, para o qual não tem categoria para assumi-lo. É um presidente que logicamente não é suficientemente independente ocupar tal lugar. Nesta história da moção de censura, apresentou uma proposta para o adiamento da sua discussão para depois da “viabilização” do orçamente que já sabia de antemão que levaria chumbo e depois absteve-se na sua votação, deixando a outra colega de bancada totalmente dependurada. Por aqui vê-se a categoria deste presidente, que como o próprio presidente do Governo Regional, ambos agarrados ao poder, que nem lapas.

Mas, voltando à moção de censura, aconteceu o impensável, sob pressão de Lisboa, segundo dizem as más línguas, o Governo Regional caiu mesmo. Miguel Albuquerque, grande inimigo da democracia pelo modo como demonstra ter medo de sair do Governo, perdendo, assim a imunidade que goza por pertencer ao Conselho de Estado. O homem entrou em pânico e entrou na fase do vale tudo, principalmente de falta de verdade, inventando argumentos para querer demonstrar que a Madeira ficaria a perder com a queda do Governo. Só pelo facto da queda do Governo, a Madeira já ficou a ganhar, senhor presidente. Governar em duodécimos até ao próximo orçamento não é nada de grave, pois pode-se gastar o mesmo que no ano anterior e só fará perder alguma coisa se este governo continuar em gestão porque só governa se houver dinheiro à tripa forra, para poder gastar em coisas que não beneficiem nem a Madeira, nem os madeirenses. Na última vez que isso aconteceu a Madeira gastou mais 150 milhões do que no ano anterior. Ou será que cometeu alguma ilegalidade? Em vez de Miguel Albuquerque andar para aí a inventar coisas não verdadeiras, melhor seria que explicasse à Madeira e aos madeirenses os motivos porque foi considerado arguido, já que em tempos disse que era melhor ser arguido que suspeito porque no 1º caso podia consultar o processo, saber o motivo das acusações e preparar a sua defesa. Será que é acusado de coisa muito grave, ao ponto de não querer ir preso? Senhor Presidente do Governo Regional, tem a palavra.

Exmo Ministério Público por que razão pediu a retirada da imunidade dos restantes arguidos e não pediu o mesmo para o Presidente do Governo Regional? Será que há algum protecionismo especial para o Presidente do Governo Regional ou será que os crimes dos Secretários Regionais são mais graves que os crimes de que é acusado o Presidente do Governo?