"Dados (do Inquérito aos Residentes sobre o Turismo) são extremamente favoráveis"
Reacção de Eduardo Jesus sobre o estudo divulgado hoje pela DREM
O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura reagiu hoje aos resultados do Inquérito aos Residentes sobre o Turismo na Região Autónoma da Madeira, salientando que são muito positivos, considerando que, "no que diz respeito à percepção" dos madeirenses sobre o impacto da actividade no seu dia-a-dia, "são de uma utilidade elevadíssima" e revelam que, globalmente, "são extremamente favoráveis".
Eduardo Jesus especifica: "Primeiro, porque é importante perceber esta relação entre quem habita o território e quem visita o território. E, segundo, porque é preciso perceber o equilíbrio que existe nessa mesma relação." Ou seja, "é importante perceber de que forma que impacta o turismo no dia-a-dia da vida dos residentes. E se esse impacto é ou não uma condicionante, é ou não bem-vindo ou mal-vindo para as pessoas que aqui habitam."
92% dos madeirenses acha que fluxo actual de turistas é muito alto ou alto
Estudo estatístico sobre o turismo na Madeira, com base num Inquérito aos Residentes sobre o Turismo na RAM (IRTM) foi divulgado hoje
Perante estes pressupostos, num estudo que foi realizado pela Direção Regional de Estatística em parceria com a Direção Regional de Turismo, o governante salienta que "os dados são extremamente favoráveis, ou seja, o destino tem crescido, o destino tem se afirmado, o destino tem captado cada vez mais visitantes, no entanto não há aqui nenhuma perturbação na relação entre os residentes e os visitantes", afiança.
E explica porquê: "Pois, veja-se que, do universo que foi inquirido, cerca de 6,3%, apenas 6,3% podem considerar que existe alguma perturbação. Ou seja, estamos a falar em 94% das pessoas não consideram que exista qualquer perturbação do turismo no dia-a-dia da vida das pessoas. Por outro lado, um outro dado que é importante, é que cerca de 93% das pessoas, quase a totalidade das pessoas, não alteraram os seus hábitos de vida pelo facto de existir turismo na Madeira."
Para Eduardo Jesus, significa que "a vida corre normalmente para a quase totalidade das pessoas pelo facto do turismo ter vindo a crescer e evoluir da forma como conhecemos, o que significa que não há aqui nenhum impacto de transtorno para o dia-a-dia".
"A interação dos residentes com os turistas é, também, um ponto interessante", salienta, pois "cerca de metade da população reconhece que tem essa interação". E afirma: "Portanto, nós somos um destino turístico maduro, com 200 anos de existência, está no nosso ADN esta relação com quem nos visita e, por isso, metade da população reconhece que tem essa relação de forma frequente."
Por outro lado, destaca um outro dado que lhe "parece extremamente importante", pois "relativamente ao comportamento dos turistas e, de uma forma geral, 94% das pessoas diz que é respeitador e agradável". Portanto, "a percepção que existe dos residentes relativamente ao turismo não podia ser melhor, tanto mais que a maioria dos residentes concorda que o turismo favorece o desenvolvimento da economia local, a grande maioria reconhece que há um contributo para o aumento do valor da economia e dos negócios que aqui são relevados, que há um benefício claro para a economia local onde o turismo desenvolve a sua atividade".
E continua: "Existem oportunidades ao nível da criação de postos de trabalho que são também identificados. Portanto, há aqui um conjunto de observações, até para a promoção da qualidade na restauração, há aqui um conjunto de observações que são reveladoras da importância do turismo e, acima de tudo, do conhecimento que a população tem e sente e vive sob essa mesma influência."
Por isso, Eduardo Jesus conclui que "são dados além de extremamente úteis, extremamente positivos para o destino. E, acima de tudo, é um trabalho de base científica recorrendo a inquéritos, devidamente estruturados, feitos por uma entidade credenciada para o efeito, o que devem ser levados a sério e devem contrapor tudo o que são opiniões, meras opiniões sem qualquer fundamento que se vão dizendo por aí e que possa não corresponder a este levantamento", sentencia.