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Madeira

CDS acha que "a solução mais viável é a de eleições", mas "sem grandes pressas"

Foto Helder Santos/Aspress
Foto Helder Santos/Aspress

O CDS entende que "infelizmente este ciclo [de governação do PSD] está interrompido" e que "a solução mais viável é a de eleições", mas "sem grandes pressas", porque há que dar tempo para "alguns partidos repensarem as suas estratégias e formas de actuar e de se propor ao eleitorado". Esta posição foi assumida, esta tarde, por Ricardo Vieira, à saída da audiência com o representante da República, no Palácio de São Lourenço.

O porta-voz do CDS não quis confirmar que esse compasso de espera que o seu partido pede até às eleições seja para dar tempo a que outras forças partidárias, designadamente o PSD, possam eleger um novo líder. Explicou antes a estratégia da seguinte forma: "Não temos medo de eleições. Temos a consciência tranquila de que fizemos aquilo que devíamos fazer. Vamos a eleições. Não temos datas pré-fixadas para o efeito. Há prazos constitucionais para cumprir, o Conselho de Estado tem ser reunido, os partidos têm que ser ouvidos. A época também não é muito propícia a estas coisas todas. Julgamos que as eleições devem ser marcadas tendo em atenção esse aspecto, mas também outro aspecto importante. Pode haver necessidade de alguns partidos repensarem as suas estratégias e formas de actuar e de se propor ao eleitorado nas próximas eleições e deve-se dar também alguma tranquilidade nessa matéria aos partidos, para que as eleições ocorram em prazo razoável, sem grandes pressas".

O porta-voz centrista disse ainda "esperar sinceramente que resulte das próximas eleições uma solução de governabilidade" e que, "não sendo obrigatoriamente com constituições de maiorias absolutas, mas que saiam soluções de responsabilidade para todos, porque é preciso saber viver numa democracia em que não há maioria absoluta de um só partido".

De resto, Ricardo Vieira fez questão de sublinhar que "o CDS cumpriu aquilo a que se comprometeu desde início, ou seja, aprovou o Programa de Governo e viabilizou o Governo e tentou introduzir as suas medidas que concordava nos orçamentos regionais que vieram a ser propostos". "O CDS fez o seu trabalho. Fê-lo de uma forma responsável e com a consciência de que estava a fazer bem", acrescentou, no que parece ter sido um 'recado' ao Chega, que inicialmente viabilizou o Programa de Governo do PSD e depois provocou a sua queda com uma moção de censura.