Albuquerque pede “eleições o mais rapidamente possível” para não travar desenvolvimento
O líder do PSD, Miguel Albuquerque, afirmou, esta manhã, à saída da audiência com o representante da República, que pediu “que se realizem as eleições o mais rapidamente possível”, porque só assim é possível ter um governo estável, que garanta confiança ao mercado e permita a continuação do crescimento económico.
“Nós estamos neste momento sem orçamento, temos um governo de gestão, que vai fazer a governação por duodécimos. É fundamental reinstaurar o mais rapidamente possível a confiança no mercado, garantir que, através das eleições, voltamos a ter um governo estável e com horizonte de futuro. Nós não podemos, de forma recorrente, andar aqui numa situação de instabilidade que causa danos à confiança que existe e que tem que continuar a existir na Madeira. O crescimento económico histórico é sinal disso.”, frisou Albuquerque, que lembrou a necessidade de ser lançado o concurso para a terceira fase de construção do novo hospital da Madeira, a continuação das obras da unidade de saúde do Porto Santo, de projectos de habitação apoiados pelo PRR e novos lares, bem como a implementação da redução fiscal que estava prevista para 2025.
Albuquerque não sugeriu uma data para as novas eleições. Apenas pediu que se realizem "o mais rapidamente possível". A esse respeito, assinalou que a partir do momento em que haja uma decisão do Presidente da República,. tem um prazo de 55 dias para marcar as eleições. "O que nós pretendemos é que este hiato não seja muito longo, uma vez que isso não é compatível com os interesses da população e com o desenvolvimento da Região", comentou o líder 'laranja'.
Albuquerque voltou a afastar o cenário de eleições internas no PSD-Madeira antes das eleições regionais: "Os estatutos do PSD-Madeira são claros. Essa decisão só pode ser assumida num quadro de excepcionalidade por parte do Conselho Regional e depois de um processo de organização de regulamentos que não é compatível com a celeridade que é fundamental".
Também afastou a possibilidade de nomeação de um novo governo, sem eleições, por ser "uma solução de secretaria", "organizada nas costas do povo" e que não está legitimada pelo voto popular.
Por fim, disse ter "quase a certeza" que os eleitores vão castigar os partidos que aprovaram a moção de censura e vai reforçar a votação no PSD.