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Professores já fizeram mais de 60 mil horas extraordinárias este ano, revela a Fenprof

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Os professores realizaram no primeiro período de aulas mais de 60 mil horas extraordinárias, segundo um levantamento feito pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que alertou hoje para o risco de em breve haver mais docentes exaustos.

"Em média, um em cada dois docentes teve uma hora extraordinária adicionada ao seu horário de trabalho", revelou hoje o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, baseando-se no levantamento feito em 203 agrupamentos de escolas de todo o país, que representam 25,1% da totalidade de estabelecimentos de ensino.

Por detrás desta média, estão realidades como a do Agrupamento de Escolas de Ericeira que atribuiu 371 horas extraordinárias ou o Agrupamento de Escolas de Aveiro que deu 294 horas extraordinárias, segundo o levantamento da Fenprof.

"Os professores foram sobrecarregados com mais de 60 mil horas extraordinárias só no primeiro trimestre de aulas", disse Mário Nogueira, alertando que "isto está a levar muitos colegas a entrar num processo de exaustão sendo possível que alguns destes colegas entrem em situação de baixa a meio do ano letivo".

Mário Nogueira lembrou ainda que estes números dizem respeito apenas "às horas extraordinárias assinaladas no horário, porque muitas escolas usam e abusam da vida dos professores. Os professores têm um horário com toda a atividade que lhes está atribuída, na ordem das 50 horas semanais", disse.