IFCN detecta material contaminado com pragas em superfície comercial da Madeira
O Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) detectou a presença de material em madeira e bambu à venda numa grande superfície comercial da Região, que apresentava sinais visíveis de infestação por insectos.
"Na sequência da acção inspectiva, o IFCN, enquanto uma das entidades responsáveis pela vigilância fitossanitária na Região Autónoma da Madeira, realizou uma fiscalização ao local. Durante a inspecção, foi identificado e apreendido material de origem vegetal proveniente da China, evidenciando a presença de farelo e insetos vivos e mortos", indica nota à imprensa.
A situação motivou a recolha de amostras, que foram encaminhadas para análise fitopatológica no Laboratório da Camacha, pertencente à Direcção Regional da Agricultura, de forma a identificar os insectos que aparentam ser escotilídeos (família Curculionidae), pequenos besouros conhecidos como "carunchos da madeira", que escavam galerias em madeira ou sob a casca de árvores, frequentemente associados a pragas florestais e, também, nas madeiras utilizadas em habitações". Instituto das Florestas e Conservação da Natureza
O IFCN revela ainda que "destacou a postura colaborativa da equipa de gestão da empresa, que reconheceu o estado de degradação do material — danificado ao ponto de estar oco — e prontificou-se com a imediata retirada da área de venda ao público". Diz também que "a empresa mostrou-se ainda receptiva à realização de uma acção de sensibilização por parte da inspecção fitossanitária do IFCN, de forma a prevenir futuras situações semelhantes".
O material apreendido será agora destruído por queima, conforme indicado pelas autoridades competentes". Instituto das Florestas e Conservação da Natureza
O IFCN "aproveita para, junto dos importadores, reforçar a importância de cuidados rigorosos no manuseamento de materiais importados, em especial os de origem biológica, como madeiras decorativas ou destinadas à construção civil". Sublinha ainda "a necessidade de se recorrer apenas a fornecedores de confiança e de inspecionar a mercadoria à chegada, de forma a prevenir a introdução de elementos biológicos nocivos, como pragas, que possam representar uma ameaça".