DNOTICIAS.PT
Madeira

Bolt dá exemplo de integração que acontece na ilha da Madeira

None

Os TVDE devem ser integrados com outros meios de transporte, juntamente com bicicletas e trotinetas, como alternativas de deslocação eficazes nas cidades promovendo uma mobilidade "mais sustentável e abrangente", defendeu o responsável da plataforma Bolt em Portugal.

"Enquanto alguns centros urbanos ponderam a limitação do número de viaturas TVDE, os dados que temos apontam para que esta abordagem possa ser contraproducente se não for acompanhada por alternativas de mobilidade eficazes", explicou à Lusa, Mário de Morais, responsável de Ride-hailing da Bolt em Portugal.

O responsável defendeu, dessa forma, a integração dos Transporte em Veículos Descaracterizados a partir de Plataforma Eletrónica (TVDE) com outros modos de transporte público de forma a promover uma "mobilidade mais sustentável e abrangente".

Mário de Morais lembrou a importância em "destacar o papel positivo dos TVDE na mobilidade" contrariando a visão de que "são os principais responsáveis pelo congestionamento das estradas nacionais", tendo em conta os desafios crescentes dos centros urbanos com o trânsito crescente e a melhoria da qualidade de vida.

O responsável lembrou o exemplo de integração que acontece na ilha da Madeira, onde os táxis partilham a aplicação nas plataformas de mobilidade, o que reconheceu ser uma solução que "potencia a eficiência e sinergias do transporte urbano".

"Estamos a oferecer acessibilidade em vez de posse, algo que é cada vez mais a imagem das novas gerações. Hoje, os TVDE complementam os transportes públicos, especialmente em horários e áreas onde a oferta de transportes é insuficiente ou inexistente", revelou.

De acordo com o responsável, a Bolt, em parceria com a Altice e a Kido Dynamics, levou a cabo um estudo que demonstrou que deve ser promovida "igualdade de acesso e a infraestruturas como estações [à semelhança das praças de táxi] e pontos de transferência", tendo em conta a mobilidade que representam os TVDE.

"Apesar do crescimento do setor, os números mostram que há muito para conquistar, uma necessidade de apostar mais fortemente na adaptação a este serviço para desenvolver cidades que sirvam os cidadãos e as suas necessidades de flexibilidade para deslocações", frisou.

Até ao momento, seis anos após a entrada em vigor da lei que rege a atividade dos TVDE, publicada em Diário da República em agosto de 2018, são duas as plataformas a trabalhar em Portugal: Uber e Bolt.